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Política

- Publicada em 12 de Setembro de 2021 às 18:55

Manifestantes pedem impeachment de Bolsonaro em ato no Parcão em Porto Alegre

Organizado por movimentos de direita, protesto rachou a esquerda e teve público menor

Organizado por movimentos de direita, protesto rachou a esquerda e teve público menor


ANDRESSA PUFAL/JC
O domingo 12 de setembro foi de protestos contra o presidente Jair Bolsonaro em diversas capitais brasileiras. Em Porto Alegre, o ato foi puxado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) em parceria com a União da Juventude Livre (UJL), o Vem Pra Rua (VPR), LOLA, e o Movimento Livres.
O domingo 12 de setembro foi de protestos contra o presidente Jair Bolsonaro em diversas capitais brasileiras. Em Porto Alegre, o ato foi puxado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) em parceria com a União da Juventude Livre (UJL), o Vem Pra Rua (VPR), LOLA, e o Movimento Livres.
Com a liderança de organizações de direita, a manifestação teve também a adesão de algumas centrais sindicais, alas da juventude e da diversidade de partidos como PSD, PDT, Novo e Cidadania. Mas a esquerda rachou, e centrais como CUT e partidos como PT não aderiram ao ato. O público foi bem inferior ao das manifestações anteriores deste ano contra Bolsonaro no Centro de Porto Alegre e do ato do dia 7 de setembro a favor do presidente, que também foi realizado no Parque Moinhos de Vento (Parcão).
Neste domingo, os manifestantes ficaram reunidos em um trecho de aproximadamente 300 metros da avenida Goethe, entre a passarela de pedestres do Parcão e a rua Mostardeiro. Por volta das 16h, o grupo ainda não chegava a lotar as pistas em um dos lados da avenida Goethe. Costeando o parque, muitos ambulantes vendiam bandeiras do Brasil, do movimento LGBT, e até de times como Inter e Grêmio. Fiscais da EPTC, que estavam no local, estimaram um público de 500 pessoas.
Divididos em dois carros de som, os organizadores discursaram em prol do impeachment de Bolsonaro. "Estamos aqui em primeiro lugar para defender a democracia, pois este presidente tem uma clara agenda golpista", afirmou um dos integrantes do MBL, Esdras de Lima Alves (26 anos). Ao lado dele, outro integrante do movimento, Uiliam Machado (38 anos), destacou que a "união" de diversos partidos na manifestação é um "ato pela vida", lembrando das quase 600 mil mortes no País em decorrência da Covid-19. "Hoje o nosso foco é apenas pela retirada de Bolsonaro do comando do País", resumiu.
Muitas bandeiras e cartazes lembravam pautas como o avanço da vacinação para conter a pandemia do novo coronavírus. Alguns discursos também destacaram a crise econômica e política. "Bolsonaro é um antagonista do Brasil, um negacionista da pandemia. Defendemos o Estado democrático de direito, o SUS, a educação pública e a ciência", argumentou a presidenta da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Silvana Conti. 
A manifestação ocorreu de forma pacífica e organizada, com todos os participantes usando máscara. Entretanto, durante os discursos no carro de som, houve algumas falas mais duras contra Bolsonaro, que foi chamado de "genocida", "ladrão", e vagabundo."
Segundo os organizadores do evento, inicialmente, a ideia era que o ato fosse contra o presidente e em favor de uma terceira via para as eleições de 2022, com o slogan "Nem Lula, Nem Bolsonaro". No entanto,  com a avaliação do MBL de que as manifestações de 7 de setembro lideradas pelo presidente tiveram pautas anti-democráticas, a decisão foi focar o ato "apenas no fora Bolsonaro, para ampliar o apoio do público".
O governador Eduardo Leite (PSDB) participou da parte final do ato em Porto Alegre. Outras lideranças que defendem uma terceira via em 2022, como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o fundador do Partido Novo João Amoêdo participaram do ato pelo impeachment de Bolsonaro na avenida Paulista.
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