Houve manifestações em diversas cidades do Rio Grande do Sul nesta terça-feira, 7 de setembro, incluindo de caminhoneiros em estradas. Mas a concentração maior de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro ocorreu em Porto Alegre, para onde vieram caravanas de diversas localidades do Estado.
O grupo se reuniu no Parque Moinhos de Vento (Parcão), com manifestação tendo início oficialmente às 15h. Além de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, o grupo também protestou contra o Supremo Tribunal Federal. Carros e motos na região passavam levando bandeiras do Brasil, assim como os manifestantes, usando trajes em verde e amarelo.
Apesar da chuva, o público encheu a avenida Goethe nos dois lados da via que corta o Parcão.
Teve gente que vinha a pé protegida por guarda-chuva e bandeiras do Brasil, bem como carreatas, caso de uma iniciada em frente à loja da Havan, na avenida Assis Brasil, Zona Norte de Porto Alegre.
O público defendia Bolsonaro e sua agenda, com críticas ao STF e a defesa do voto eletrônico auditável, a liberdade de expressão e o “fim do comunismo” no País. Além de adereços em verde e amarelo, o público empunhava cartazes em inglês, tocava apitos e cornetas e entoava músicas.
“Queremos que o mundo respeite nossa soberania, pois atualmente há muita interferência de outras nações em nosso País, principalmente a China”, disse a economista Marlene Falithc, 67 anos, ao explicar o porquê dos cartazes em outro idioma.
“Viemos aqui defender nossa liberdade de expressão”, afirmou a advogada Márcia Ciriaco, 56 anos, que foi até o local com o marido e uma amiga. Apesar de ressaltar que a participação na manifestação não estava vinculada “a nenhum político”, ela ponderou que “neste momento não há uma terceira via, e quem é contra Bolsonaro, é de esquerda, portanto, é comunista”.
Entre os cartazes, frases como “Suprema Corte Ameaça Nossa Liberdade”, “Saia daqui, Comunismo”, “S.O.S. Forças Armadas”, alusão a uma eventual intervenção militar no Brasil. Outros exaltavam o presidente: “In Bolsonaro We Thrust” e “Todo Poder a Bolsonaro”.
Alguns faziam lives, outros fotografavam e filmavam o evento, e outros vestiam camisetas com a imagem de Bolsonaro. Também houve um momento em que todos gritaram “mito, mito, mito”. “Ninguém aguenta mais corrupção e aparelhamento da máquina pública”, destacou o advogado Fabrício Castro, 52 anos. “Estou aqui para defender o futuro do meu filho e das próximas gerações.”
Embalados por um carro de som, que tocava músicas como Pra Frente Brasil (Miguel Gustavo) e Verde e Amarelo (Roberto Carlos), boa parte dos manifestantes circulava sem máscara em meio à aglomeração de pessoas.
Enquanto isso, ambulantes vendiam bandeiras, guarda-chuvas, máscaras verde e amarelo e bebidas. Havia muito policiamento – além do efetivo tradicional da Brigada Militar, a tropa de choque também estava no local. O trânsito foi desviado em todos os acessos à extensão ocupada pelos manifestantes, que ficaram horas na manifestação, apesar da chuva.