Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 18 de Junho de 2025 às 10:51

Gerdau busca modernizar operações de aços especiais em Charqueadas

Empresa inaugurou novo forno de recozimento e esferoidização com capacidade anual de 48 mil toneladas

Empresa inaugurou novo forno de recozimento e esferoidização com capacidade anual de 48 mil toneladas

Gerdau/Divulgação/JC
Compartilhe:
Ana Stobbe
Ana Stobbe Repórter
As enchentes de 2024 chegaram a paralisar temporariamente as operações da fábrica da Gerdau em Charqueadas, no Centro-Sul do Estado. Apesar disso, conseguiu manter a produção e o atendimento aos seus clientes, sem impactos observáveis. Não apenas foi possível manter a produtividade, cujos números não foram divulgados pela empresa, como a indústria permaneceu se modernizando.
As enchentes de 2024 chegaram a paralisar temporariamente as operações da fábrica da Gerdau em Charqueadas, no Centro-Sul do Estado. Apesar disso, conseguiu manter a produção e o atendimento aos seus clientes, sem impactos observáveis. Não apenas foi possível manter a produtividade, cujos números não foram divulgados pela empresa, como a indústria permaneceu se modernizando.
Recentemente, a Gerdau de Charqueadas inaugurou um novo forno de recozimento e esferoidização, com capacidade anual de 48 mil toneladas. "Esse equipamento de tecnologia de ponta moderniza o tratamento térmico dos aços especiais produzidos na unidade, permitindo atender a demanda crescente por materiais com especificações mais exigentes, especialmente do setor automotivo", explica o CEO da Gerdau, Gustavo Werneck.
Por outro lado, a sustentabilidade está no cerne dos processos industriais: "Avançamos com a produção de aços especiais e aços longos, com uma matriz 100% reciclável, tendo a sucata metálica como matéria-prima, o que torna o aço produzido na usina um produto com baixa emissão de carbono", acrescenta Werneck.
Além disso, a Gerdau não deseja parar de investir. Embora não tenha anunciado novos valores, Werneck garante que a empresa está sempre buscando aprimorar as tecnologias, modernizar processos e ampliar as ações sustentáveis. E o Rio Grande do Sul está no cerne desses projetos: "Essa atuação reafirma nosso compromisso com o desenvolvimento econômico e social do Estado, promovendo impacto positivo nas comunidades e fortalecendo nossa ligação com a sociedade gaúcha", explica.
A relação com o Estado, aliás, pode ser vista além das usinas. Em resposta às enchentes de 2024, a Gerdau destinou ao longo dos últimos meses um montante de R$ 51,4 milhões para ações de reconstrução do Estado. O valor foi focado em melhorias de infraestrutura, habitação, empreendedorismo, educação, doação assistenciais e aos colaboradores.
Atualmente, a produção de aços especiais e longos no Rio Grande do Sul se divide em duas cidades: Charqueadas e Sapucaia do Sul — esta última no Vale do Sinos. Nelas, produzem vergalhão, fio-máquina, barras, trefilados e pregos, além de peças automotivas. Assim, atendem setores estratégicos como automotivo, construção civil, indústria geral e agronegócio. Somando ambas, a empresa conta com 3.900 colaboradores em solo gaúcho.
Fundada há 124 anos como uma fábrica de pregos em Porto Alegre, a indústria se expandiu rapidamente. Em 1948, foi comprada a Usina Riograndense, em Sapucaia do Sul, iniciando a produção de aço. Charqueadas entrou no grupo em 1996, com a compra da Siderúrgica Piratini. Hoje, já está com atuação em 7 países das Américas, com 29 unidades produtoras de aço, cerca de 30 mil colaboradores espalhados ao redor do mundo e com uma receita líquida de R$ 14,7 bilhões.

Notícias relacionadas