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Publicada em 18 de Janeiro de 2025 às 11:01

Após sofrer vandalismo, Consultório do Analista de Bagé muda de lugar

Decisão busca proteger esse patrimônio da cidade de Bagé e valorizar sua história e ligação com o imaginário popular

Decisão busca proteger esse patrimônio da cidade de Bagé e valorizar sua história e ligação com o imaginário popular

Audrin Quadros/Divulgação/JC
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Jéssica Pacheco Repórter
O conjunto escultórico que compõe o consultório do Analista de Bagé, uma das figuras mais emblemáticas da literatura brasileira, ganhou um novo espaço para sua preservação. Após ser alvo de vandalismo enquanto estava localizado na Praça da Estação, o monumento foi transferido para o complexo da Biblioteca Pública Municipal Dr. Otávio Santos. A decisão busca proteger esse patrimônio da cidade de Bagé e valorizar sua história e ligação com o imaginário popular.
O conjunto escultórico que compõe o consultório do Analista de Bagé, uma das figuras mais emblemáticas da literatura brasileira, ganhou um novo espaço para sua preservação. Após ser alvo de vandalismo enquanto estava localizado na Praça da Estação, o monumento foi transferido para o complexo da Biblioteca Pública Municipal Dr. Otávio Santos. A decisão busca proteger esse patrimônio da cidade de Bagé e valorizar sua história e ligação com o imaginário popular.
Criado pelo escultor e arquiteto bageense Sérgio Coirolo, o monumento retrata o personagem humorístico concebido por Luiz Fernando Veríssimo, que imortalizou Bagé na literatura ao criar o analista freudiano “mais ortodoxo que reclame de xarope”. Apesar de não ter nascido na cidade, o personagem é reconhecido como um dos maiores divulgadores do nome de Bagé, brincando com estereótipos do gauchismo e eternizando o humor em um momento de reconstrução democrática no Brasil.
Zeca Brito, secretário municipal de Cultura, ressaltou a relevância da obra: “O Analista de Bagé é um personagem que, através do humor e da literatura, leva o nome da cidade muito além de nossas fronteiras. A mudança para a Biblioteca não é apenas uma forma de proteção, mas também de valorização cultural e histórica.”
A transferência do conjunto escultórico foi realizada com apoio de entidades públicas, privadas e da sociedade civil, como a Urcamp, Senac, Conselho Municipal de Cultura e Associação dos Amigos da Biblioteca Pública Municipal. Na ocasião da transferência do conjunto, em dezembro passado, o ex-secretário de Cultura Tiago Cesarino revelou que a decisão foi impulsionada pelo escritor bageense Rodrigo Tavares, que alertou sobre os riscos de vandalismo às esculturas.
Agora em um espaço público mais protegido, as esculturas continuam a enriquecer o imaginário e a cultura de Bagé.

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