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Publicada em 03 de Dezembro de 2024 às 13:54

Causa animal realiza eventos para arrecadar recursos em Bagé

NBPA já atendeu mais de 100 mil animais em Bagé desde sua criação, em 1999

NBPA já atendeu mais de 100 mil animais em Bagé desde sua criação, em 1999

MAURO PIMENTEL/AFP/JC
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Jéssica Pacheco Repórter
Entidades ligadas à causa animal em Bagé que atuam de forma independente lidam com a constante necessidade de recursos financeiros para o custeio de procedimentos como castrações e a manutenção de abrigos, além da alimentação de cães e gatos.
Entidades ligadas à causa animal em Bagé que atuam de forma independente lidam com a constante necessidade de recursos financeiros para o custeio de procedimentos como castrações e a manutenção de abrigos, além da alimentação de cães e gatos.
Uma delas é o Núcleo Bageense de Proteção aos Animais (NBPA), criado em 1999 com o objetivo de buscar e fomentar políticas públicas para acolher animais abandonados e promover métodos contraceptivos para os animais de rua, evitando sua proliferação. Com o passar do tempo, o NBPA cresceu e, devido à demanda, era necessário criar mecanismos de arrecadação para custear determinados procedimentos.
Uma das soluções encontradas foi a realização de eventos de mobilização da população, unindo entretenimento à doação de dinheiro e itens de higiene, alimentação e medicamentos. O evento mais recente foi a segunda edição da Octoberpet, sediada na Praça Júlio de Castilhos, conhecida como Praça da Estação, em frente ao Centro Administrativo de Bagé.
De acordo com Patrícia Coradini, presidente do NBPA, eventos como o Octoberpet são fundamentais. Ainda que os atendimentos realizados pelo núcleo sejam de baixo custo, em algumas situações, como a de internações, o valor é pago pelo NBPA. “Nós realizamos o atendimento de muitos animais, porque, além de pets, temos os animais silvestres e de grande porte, como cavalos. Porém, quando é necessário que sejam feitas internações, precisamos pagar clínicas particulares e é o núcleo que arca com a internação dos animais de rua e de pessoas muito humildes que não têm condições”.
Um dos destaques do núcleo é que, em 2009, ao participarem de um seminário internacional em Porto Alegre, conheceram a castração massiva pelo método flanco, exposto por argentinos. No ano seguinte, após uma liberação da Justiça, Bagé foi a primeira cidade do Rio Grande do Sul, através do NBPA, com o apoio da Prefeitura, a ter um castramóvel autorizado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul.
Hoje, o Núcleo não possui mais convênio com o Poder Executivo, mas comemora a conquista de ter uma clínica dentro de um contêiner, também liberado pelo CRMV há cinco anos. “Nós fizemos atendimentos a baixo custo, no entanto, tem uma porcentagem que é gratuita, destinada para pessoas de baixa renda, animais de rua e animais de casa de passagem. Ao todo, são mais de 500 procedimentos por mês, como, por exemplo, castração e cirurgia de tumor. Nós só não temos atendimento ortopédico, mas prestamos proteção aos animais resgatados nas ruas, atropelados, machucados e abandonados”, explica Patrícia.
O NBPA já atendeu mais de 100 mil animais e busca apoio de todas as formas. Para quem tiver interesse em contribuir, Patrícia diz que é possível se tornar um voluntário, receber um mensageiro em casa que busca a colaboração mensal, fazer o pix solidário com a chave (53) 981140998, colocar uma caixinha em seu comércio para doações, ou ser patrocinador nas camisetas produzidas pela entidade.

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