A Força Aérea Brasileira (FAB) informou nesta terça-feira (1º) que o primeiro avião que vai ao Líbano na missão para retirar brasileiros da zona de conflito deve decolar nesta quarta-feira (2). O avião tem previsão de decolagem da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Beirute, capital do Líbano. Há uma escala prevista em Lisboa, Portugal.
A estimativa inicial é que a aeronave traga 220 brasileiros dos territórios em risco por causa da escalada do conflito, entre Israel e o grupo Hezbollah. Ainda não há uma definição sobre a data de retorno, que depende de "coordenações e protocolos adicionais".
"A Força Aérea Brasileira, em ação do Governo Federal, prepara para a Operação 'Raízes do Cedro' uma aeronave KC-30, com a previsão inicial de repatriar 220 brasileiros em território afetado pelos acontecimentos recentes entre Israel e Líbano" informou, em nota.
"A tripulação será composta, além dos tripulantes operacionais da aeronave, por militares da área de saúde (médico, enfermeiro, psicólogo), que estarão prontos para prestar o apoio necessário durante a missão", completa o texto.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores diz que a embaixada brasileira no Líbano está tomando as providências para viabilizar a operação. O posto diplomático está em contato com a comunidade brasileira no país e em "estreita coordenação com as autoridades locais".
A decisão de retirar os brasileiros foi anunciada pouco antes de Israel iniciar uma invasão terrestre no Líbano. Após a ofensiva, a situação no Oriente Médio passou por uma nova escalada, com a disparada de mísseis iranianos contra Israel. O regime iraniano é aliado da milícia xiita Hezbollah.
O conflito atingiu um novo patamar no fim de semana, com o assassinato na noite de sexta-feira (27) do líder do grupo libanês, Hassan Nasrallah, de 64 anos, além de diversos outros líderes. Todos foram mortos durante um ataque aéreo na capital Beirute.
A crise no Oriente Médio já havia subido no dia 22, após Israel lançar uma grande ofensiva, com ataques aéreos em diversas regiões libanesas. O Hezbollah já havia, por sua vez, lançado foguetes contra territórios israelenses, após explosão de pagers dos militantes, quando diversas lideranças do grupo foram mortas.
Folhapress