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Publicada em 10 de Setembro de 2024 às 19:54

Venezuelanos em Madri protestam em nome de Edmundo González

Manifestantes saíram em defesa do candidato da oposição ao regime de Nicolás Maduro

Manifestantes saíram em defesa do candidato da oposição ao regime de Nicolás Maduro

Pierre-Philippe Marcou/AFP/Reprodução/JC
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Folhapress
Um grupo de pessoas exiladas da Venezuela se reuniu nesta terça-feira (10) em frente ao Congresso da Espanha, em Madri. Junto com a filha de Edmundo González — candidato opositor ao regime de Nicolás Maduro que se exilou na Espanha e afirma ter ganhado a eleição —, os manifestantes pediam o reconhecimento da vitória da oposição por parte do governo espanhol.
Um grupo de pessoas exiladas da Venezuela se reuniu nesta terça-feira (10) em frente ao Congresso da Espanha, em Madri. Junto com a filha de Edmundo González — candidato opositor ao regime de Nicolás Maduro que se exilou na Espanha e afirma ter ganhado a eleição —, os manifestantes pediam o reconhecimento da vitória da oposição por parte do governo espanhol.
Até o momento, o governo de Pedro Sanchéz se posicionou de acordo com os pronunciamentos da União Europeia, pedindo a divulgação das atas eleitorais. O regime de Maduro não divulgou os documentos desde a realização do pleito, em 28 de julho, devido a um suposto ataque cibernético. A oposição afirma ter havido fraude no processo.
Os deputados espanhóis debateram nesta terça-feira uma proposta para o reconhecimento de González como presidente eleito da Venezuela. A expectativa é que a votação ocorra na quarta-feira (11) e seja favorável à oposição venezuelana.
A filha do líder da oposição, Carolina González, leu uma carta em nome do pai. "Compatriotas, não desanimem que não os decepcionarei. A vontade do povo expressa em 28 de julho tem que ser respeitada e nós a faremos respeitar".
Os membros da oposição Antonio Ledezma e Leopoldo López, que também já se exilaram na Espanha, afirmaram à agência de notícias Reuters que o líder do movimento continuará sendo uma "voz muito clara" nas discussões pelas mudanças em seu país.
González não é visto publicamente desde sua fuga para a Espanha, no último domingo (8). Ledezma, antigo líder da oposição e ex-prefeito da capital Caracas, afirmou que o político está "seguro, livre e vivo" e "se estabilizando". Segundo ele, o exílio fortaleceria sua causa, já que "Edmundo estará livre, não ficará confinado entre quatro paredes, como na Venezuela, e poderá liderar a luta pela liberdade liderando a diáspora".
López, que foi preso em 2014 por liderar protestos contra Maduro, afirmou que sanções dos Estados Unidos e da União Europeia ao regime venezuelano podem ajudar na transição do governo. "Hoje Maduro tem uma linha de oxigênio por causa das licenças que permitiram que empresas americanas e europeias extraíssem e vendessem petróleo venezuelano a preço integral".
As autoridades eleitorais do regime afirmam que Maduro venceu a eleição com 52% dos votos, ante 43% de González. A oposição, no entanto, fez um levantamento de atas eleitorais obtidas no dia do pleito e afirmou que houve fraude. Segundo a reunião paralela dos dados, chancelada por órgãos internacionais, o líder opositor teria vencido com 67% dos votos, contra 30% de Maduro.
Na carta de González lida nesta terça-feira, o líder afirma que "essa luta continuará até atingirmos nossos objetivos, até o fim". A porta-voz do Congresso espanhol, Pilar Alegria, ainda declarou: "[Continuaremos] trabalhando em soluções para melhorar a democracia na Venezuela e, claro, aprovar o asilo solicitado por Edmundo González e sua esposa".

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