Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

Relações Internacionais

- Publicada em 18 de Maio de 2023 às 18:13

China recebe líderes da Ásia Central para ocupar vácuo deixado pela Rússia

Encontro de Xi Jinping reunirá cinco ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central, na China

Encontro de Xi Jinping reunirá cinco ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central, na China


MARK CRISTINO/AFP/JC
Para reforçar sua influência regional, o líder da China, Xi Jinping, recebe na quinta (18) e na sexta-feira (19) os líderes de cinco ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central, num encontro que coincide com a reunião da cúpula o G-7.
Para reforçar sua influência regional, o líder da China, Xi Jinping, recebe na quinta (18) e na sexta-feira (19) os líderes de cinco ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central, num encontro que coincide com a reunião da cúpula o G-7.
Em Xi'an, o dirigente chinês se reunirá com os chefes de Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão, na primeira cúpula do tipo desde que foram estabelecidos elos diplomáticos entre Pequim e esses países, em 1992, após o fim da União Soviética.
Por toda a cidade, de onde a antiga Rota da Seda conectava a China imperial às civilizações do Oeste há mais de um milênio, foram colocadas faixas, outdoors e até sinais de táxi para promover a cúpula.
Inicialmente ligadas ao Império Russo e depois à União Soviética, essas nações possuem fortes laços econômicos, linguísticos e diplomáticos com Moscou. Mas a Guerra da Ucrânia fez com que a influência russa perdesse força - o Cazaquistão, por exemplo, disse não reconhecer as regiões controladas pela Rússia no leste da Ucrânia, e o Tadjiquistão exigiu recentemente mais respeito do Kremlin.
Assim, o governo de Xi, que definiu o encontro como de "importância transcendental", busca preencher o espaço deixado para ampliar a projeção internacional da China. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do país, o encontro em Xi'an vai gerar a assinatura de um "documento político importante".
O encontro na China acontece ao mesmo tempo em que é realizada, em Hiroshima, a reunião do G-7, grupo que reúne Canadá, França, EUA, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido, algumas das principais economias do mundo, em meio a um contexto em que potências ocidentais enxergam Pequim como uma ameaça.
Segundo a China, o comércio do país com Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão atingiu em 2022 US$ 70 bilhões (R$ 347 bilhões, na cotação atual), além de ter registrado no primeiro trimestre de 2023 um aumento de 22% em relação ao mesmo período no ano anterior.