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Internacional

Guerra na Ucrânia

- Publicada em 18 de Abril de 2023 às 17:33

EUA afirma que brasileiros estão mais preocupados com comida na mesa que com a Ucrânia

Porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby afirmou a forma problemática como o Brasil abordou o tema

Porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby afirmou a forma problemática como o Brasil abordou o tema


ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP/JC
As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre um possível interesse dos Estados Unidos na continuidade da Guerra da Ucrânia e a recepção do chanceler russo em Brasília continuam a repercutir em Washington, onde nesta terça (18) membros do governo Biden voltaram a condenar a postura do petista.
As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre um possível interesse dos Estados Unidos na continuidade da Guerra da Ucrânia e a recepção do chanceler russo em Brasília continuam a repercutir em Washington, onde nesta terça (18) membros do governo Biden voltaram a condenar a postura do petista.
"O Sul Global está sendo impactado não só pela pandemia, mas por esse conflito", disse o diretor sênior de Hemisfério Ocidental do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Juan Gonzalez, um dos principais conselheiros do presidente americano, o democrata Joe Biden, para América Latina.
"Países como o Brasil estão longe. Se perguntar a um brasileiro na rua qual é a opinião dele sobre Ucrânia, ele diria que está pensando mais em colocar comida na mesa, nas chances de educação e oportunidades econômicas do que no que alguns deles veem como um conflito na Europa que ocorre há 300 anos", disse.
"Temos uma Carta da ONU, temos certas responsabilidades que todos assinamos. Damos as boas-vindas a países como o Brasil que desempenham um papel de liderança pela paz. Mas a ideia de que os EUA não apoiam a paz ou têm algo a ver com o início da guerra simplesmente não tem relação com os fatos.
Passamos todo o ano de 2021 tentando evitar que a guerra acontecesse e temos apoiado a paz", afirmou Gonzalez em evento organizado pela agência de notícias EFE e realizado na capital norte-americana.
No domingo (16), Lula afirmou que os EUA e a Europa prolongam a guerra, numa referência velada ao envio de armamentos a Kiev. No dia seguinte, os EUA reagiram de maneira dura por meio do porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, em conversa por telefone com jornalistas, afirmando “como é problemático como o Brasil abordou essa questão de forma substancial e retórica”.
Nesta terça, as reações foram mais comedidas, mas as críticas persistiram. Brian Nichols, secretário-assistente do Departamento de Estado para o Hemisfério Ocidental, afirmou que espera que o governo brasileiro tenha pedido cessar-fogo ao chanceler russo, Serguei Lavrov, que está em visita ao Brasil.