Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

Guerra na Ucrânia

- Publicada em 18 de Abril de 2023 às 17:04

G-7 ameaça aliados da Rússia na Guerra da Ucrânia

Líderes das setes principais economias do mundo se reuniram no Japão

Líderes das setes principais economias do mundo se reuniram no Japão


YUICHI YAMAZAKI/AFP/JC
O grupo que reúne algumas das maiores economias do mundo publicou nesta terça-feira (18) um documento em que alerta os eventuais aliados da Rússia que enfrentarão "custos severos". Aparentemente, o recado do G-7 é direto para a China, aliada estratégica do país liderado por Vladimir Putin - citada, aliás, em diversos outros pontos do texto.
O grupo que reúne algumas das maiores economias do mundo publicou nesta terça-feira (18) um documento em que alerta os eventuais aliados da Rússia que enfrentarão "custos severos". Aparentemente, o recado do G-7 é direto para a China, aliada estratégica do país liderado por Vladimir Putin - citada, aliás, em diversos outros pontos do texto.
O comunicado foi resultado do encontro de dois dias entre os chefes de diplomacia dos integrantes do G-7 - Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. A reunião, realizada em Karuizawa, a cerca de 150 quilômetros de Tóquio, buscava preparar terreno para a cúpula do grupo, marcada para o mês que vem em Hiroshima.
O documento ainda busca demonstrar uma frente unida das nações após um racha causado por uma declaração do presidente da França, Emmanuel Macron, considerada excessivamente pró-China. Na semana passada, ele defendeu uma "autonomia estratégica" da Europa diante da disputa crescente entre Pequim e Washington, causando ruídos com alguns dos demais integrantes do G7, como a Alemanha e os próprios Estados Unidos.
A ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock, por exemplo, afirmou nesta segunda (17) que o regime liderado por Xi Jinping tentava substituir normas internacionais por "regras próprias".
O texto de agora, ao contrário, não deixa dúvidas de que o G-7 considera a China um de seus maiores desafios geopolíticos - a ponto de o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmar que nunca havia observado uma "convergência maior" no grupo no que se refere a Pequim e Taiwan.
O comunicado critica a expansão "acelerada" do arsenal nuclear chinês e expressa preocupação de que o país esteja desenvolvendo sistemas cada vez mais complexos sem transparência ou medidas de redução de risco; põe em xeque a legitimidade de sua expansão militar no Mar do Sul da China; volta a levantar suspeitas de que a nação asiática pratique espionagem industrial; e, por fim, reforça seu apoio à manutenção da autonomia de Taiwan, acrescentando que a paz e a estabilidade na região são indispensáveis para a segurança e a prosperidade global.