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Reino Unido

- Publicada em 14 de Setembro de 2022 às 15:43

Londres inicia seu último adeus a Elizabeth II

Emocionadas, muitas com lágrimas nos olhos, as primeiras pessoas puderam contemplar o caixão da monarca

Emocionadas, muitas com lágrimas nos olhos, as primeiras pessoas puderam contemplar o caixão da monarca


BEN STANSALL/POOL/AFP/JC
afp
Os britânicos começaram a desfilar em frente ao caixão de Elizabeth II em Londres nesta quarta-feira (14) para se despedir de sua rainha de 70 anos, em uma câmara-ardente que permanecerá aberta até seu funeral e enterro na segunda-feira (19).
Os britânicos começaram a desfilar em frente ao caixão de Elizabeth II em Londres nesta quarta-feira (14) para se despedir de sua rainha de 70 anos, em uma câmara-ardente que permanecerá aberta até seu funeral e enterro na segunda-feira (19).
Emocionadas, muitas com lágrimas nos olhos, as primeiras pessoas puderam contemplar o caixão da monarca, coberto pelo estandarte real e pela coroa imperial, no Westminster Hall, a parte mais antiga do edifício que abriga o Parlamento britânico. Eles caminharam apenas alguns segundos em frente ao corpo de Elizabeth II, colocado em um alto catafalco roxo, localizado em uma base de quatro degraus e protegido por vários guardas em uniforme de gala.
Algumas pessoas dormiram até duas noites na rua, como Anne Daley, de 65 anos, a segunda pessoa da fila. "Abrir mão de duas noites de conforto por alguém que deu 70 anos de compromisso incansável ao mundo não é nada", disse à imprensa.
Durante os próximos cinco dias, milhares de britânicos e visitantes - até 750.000 segundo a imprensa - passarão por uma câmara-ardente aberta quase ininterruptamente até a madrugada de 19 de setembro, dia em que acontecerá o funeral de Estado na Abadia de Westminster e o enterro na capela George VI do Castelo de Windsor.
O governo avisou que as pessoas poderiam ter que esperar 30 horas, em uma fila de até 10 quilômetros que passa pelo centro da cidade ao longo do rio Tamisa. "Levem isso em conta antes de decidir vir ou trazer crianças", alertou Downing Street, pedindo às pessoas que se vistam "adequadamente" devido ao frio e à chuva que poderiam cair sobre Londres até segunda-feira.
"A noite foi bastante úmida, fria e molhada, mas eu tenho uma pequena cadeira e um guarda-chuva grande, então fiquei bem seco. Melhor que os outros!", brincou Dan Ford, policial aposentado de 52 anos, que chegou na terça-feira à tarde com luvas e gorro.

Procissão a partir de Buckingham

Em ruas lotadas, milhares de pessoas testemunharam o solene cortejo fúnebre que levou o caixão do Palácio de Buckingham, onde passou a noite depois de chegar na terça-feira de Edimburgo, capital da Escócia.
A monarca morreu na última quinta-feira (8), aos 96 anos, enquanto passava o final do verão na sua residência escocesa em Balmoral, portanto as primeiras homenagens aconteceram por lá no início da semana.
O caixão, coberto com o estandarte real, uma coroa de flores brancas e a imponente coroa imperial, adornada com diamantes e pedras preciosas, foi puxado por cavalos. Avançou por 40 minutos pelo centro de Londres, acompanhado a pé pelo rei Charles III, 73 anos, e seus irmãos Anne (72), Andrews (62) e Edward (58). Os filhos do monarca, William e Harry, seguiam atrás.
Durante a procissão, uma salva de canhão foi disparada a cada minuto do Hyde Park, e o poderoso sino do Big Ben tocou em homenagem à soberana mais antiga do Reino Unido. A procissão caminhou ao ritmo das marchas fúnebres de Beethoven, Mendelssohn e Chopin, executadas por bandas da Guarda Escocesa e da Guarda Granadeiro.

'Funeral do século' ocorre no dia 19 de setembro

Mais de 100 chefes de Estado e Governo devem comparecer ao funeral, incluindo o presidente norte-americano, Joe Biden, o rei da Espanha, Felipe VI, o imperador do Japão, Naruhito I, e o presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e Nicarágua, Daniel Ortega, não foram convidados ao funeral, afirmou uma fonte governamental à agência de noticias britânica Press Association, somando-se a outros governantes como o presidente russo Vladimir Putin e seu colega bielorrusso.
O enterro da soberana, que conheceu 15 primeiros-ministros - o primeiro, Winston Churchill, nascido em 1874 e a atual, Liz Truss, nascida em 1975 - acontecerá no mesmo dia no Castelo de Windsor em uma cerimônia privada, confirmando o fim de uma era.
Ao mesmo tempo, Charles III assume o poder, mas seus primeiros passos também provocam polêmica, como durante a visita de terça-feira à Irlanda do Norte, parte de uma viagem pelas nações do Reino Unido que terminará na sexta-feira em Gales. Imagens divulgadas mostraram o novo rei irritado com uma caneta utilizada para assinar o livro de honra que parece perder a tinta. "Oh, Deus, eu odeio isso! (...) Eu não aguento essa maldita coisa", disse o monarca.
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