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Publicada em 30 de Julho de 2025 às 12:27

Balizadores de concreto impedem acesso de veículos a áreas indevidas no Centro Histórico

Esferas de concreto foram colocadas no estacionamento do Largo Glênio Peres, junto ao Mercado Público

Esferas de concreto foram colocadas no estacionamento do Largo Glênio Peres, junto ao Mercado Público

TÂNIA MEINERZ/JC
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Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
Com a previsão de conclusão no mês de agosto, as obras de recuperação da Praça XV e do Largo Glênio Peres, no Centro Histórico de Porto Alegre, preveem a instalação de bancos, lixeiras, floreiras, balizadores de concreto e bicicletários metálicos. E os balizadores, esferas metálicas, têm chamado a atenção de pedestres, comerciantes e motoristas que estacionam no local, nos arredores do Mercado Público.
Com a previsão de conclusão no mês de agosto, as obras de recuperação da Praça XV e do Largo Glênio Peres, no Centro Histórico de Porto Alegre, preveem a instalação de bancos, lixeiras, floreiras, balizadores de concreto e bicicletários metálicos. E os balizadores, esferas metálicas, têm chamado a atenção de pedestres, comerciantes e motoristas que estacionam no local, nos arredores do Mercado Público.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) explica que os objetos de concreto em formato esférico são instalados com a finalidade de impedir o acesso de veículos a áreas indevidas da região. A medida busca evitar danos aos pisos mais frágeis, como o basalto, bem como reduzir riscos aos pedestres que frequentam o local.
Karoline Farias, proprietária da cafeteria Pradié Bakery, elogiou a iniciativa da prefeitura. "Os motoristas, principalmente de camionetes, estacionavam na frente da loja o que acabava por prejudicar a nossa visão. Além disso, os clientes não tinham como visualizar o estabelecimento comercial", destaca. Instalada há três meses no Mercado Público, Karoline comenta que agora consegue enxergar a fachada da loja quando desce a avenida Borges de Medeiros.
Por outro lado, William Gabriel Flores, tesoureiro da Associação de Pessoas Cegas e Com Baixa Visão do Rio Grande do Sul (Acergs), e Elaine Antônia do Nascimento, professora de Braille, enfrentam uma série de dificuldades ao circularem pelo Centro Histórico. Mais precisamente na Praça XV com a rua Otávio, próximo do Edifício Esqueletão, os dois sofrem com uma "armadilha do mobiliário urbano": o piso tátil pelo qual trafegam diariamente ficou "encaixotado" entre os balizadores e contêineres de lixo.
Para não se chocar com a esfera de concreto, Elaine acaba por encostar no contêiner. "Não tem um dia que não saio com a  roupa suja", comenta. A professora de Braille sugere que a prefeitura afaste o contêiner de lixo do piso tátil. "Precisamos de espaço para circular com segurança no Centro Histórico", acrescenta. Além disso, os dois sofrem com a quantidade de patinetes deixados por usuários no local onde pessoas cegas e com baixa visão circulam.
As obras tiveram início em março deste ano. O projeto contempla a recuperação dos muros, grades, escadarias, pisos e postes de iluminação, incluindo serviços de reparos, limpeza e lavagem. Também será realizada a substituição do mobiliário urbano por modelos mais modernos e resistentes e que exigem menos manutenção.
O diretor de Áreas Verdes da Smamus, Alex Souza, diz que a intervenção proposta contempla diversas melhorias e adequações na praça XV e no Largo Glênio Peres, que além de qualificar o espaço, o tornarão mais resiliente. Serão executados realinhamento de basaltos, com assentamento de peças irregulares, recomposição e reassentamento de pedras portuguesas nas cores branca e vermelha, qualificação no entorno do chafariz, reassentamento do piso de paralelepípedo e recuperação e revitalização dos muros em pedra granítica rosada. Segundo a secretaria, os balizadores instalados na lateral das vias estão corretamente posicionados. O equívoco, conforme a pasta, refere-se aos pisos podotáteis direcionais, posicionados de forma inadequada em intervenções realizadas anteriormente no local.
As obras foram viabilizadas por meio de Termo de Aquisição de Solo Criado por Contrapartida, firmado com a empresa Cyrela Sul Empreendimentos Imobiliários, com investimentos de mais de R$ 601 mil, e foram viabilizadas pelo Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática.
Comerciantes do Mercado Público elogiaram a iniciativa que impede que carros estacionem na frente das lojas | TÂNIA MEINERZ/JC
Comerciantes do Mercado Público elogiaram a iniciativa que impede que carros estacionem na frente das lojas TÂNIA MEINERZ/JC

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