Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 16 de Julho de 2025 às 19:59

Após sucessivos atrasos, reforma no Viaduto Otávio Rocha entra na reta final

Com avanço nas últimas semanas, as quatro pistas da avenida Borges de Medeiros já estão liberadas

Com avanço nas últimas semanas, as quatro pistas da avenida Borges de Medeiros já estão liberadas

BRENO BAUER/JC
Compartilhe:
Gabriel Margonar
Gabriel Margonar
A revitalização do Viaduto Otávio Rocha, no Centro Histórico de Porto Alegre, começa a se aproximar do fim após mais de dois anos de obras e sucessivos atrasos. No início deste mês, as quatro pistas da avenida Borges de Medeiros voltaram a ser liberadas para o trânsito, e a obra entrou na etapa final, com intervenções nas escadarias e acabamentos estruturais. A previsão de conclusão, agora, é para o último trimestre do ano.
A revitalização do Viaduto Otávio Rocha, no Centro Histórico de Porto Alegre, começa a se aproximar do fim após mais de dois anos de obras e sucessivos atrasos. No início deste mês, as quatro pistas da avenida Borges de Medeiros voltaram a ser liberadas para o trânsito, e a obra entrou na etapa final, com intervenções nas escadarias e acabamentos estruturais. A previsão de conclusão, agora, é para o último trimestre do ano.
Com a retirada dos tapumes que bloqueavam parte da via no sentido Centro-bairro, agora deslocados para a área de estacionamento, o tráfego voltou a fluir normalmente na região. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), no entanto, orienta motoristas a manter atenção redobrada no trecho devido à proximidade dos pedestres. Segundo a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi), o avanço das frentes de trabalho permitiu essa liberação, com os serviços concentrados agora em acabamentos e impermeabilizações.
"Hoje, a obra está cerca de 80% concluída. Estamos finalizando a colocação do sirex, uma cobertura especial do concreto, mantendo o padrão histórico do viaduto. Alguns trechos tiveram que ser refeitos porque o acabamento não ficou satisfatório", explica o secretário André Flores.
Na última sexta-feira (11), uma nova etapa foi iniciada: os cinco primeiros degraus da escadaria Outono, na rua Duque de Caxias, foram interditados para aplicação de impermeabilização. A previsão é que o trecho permaneça bloqueado até o dia 25 de julho.
Essa intervenção faz parte da impermeabilização da calçada da Duque, no trecho do guarda-corpo, sentido Centro-bairro. Durante esse período, o acesso de pedestres às lojas e residências deve ser feito pelas escadarias Verão ou pela rua Fernando Machado.
"Estamos finalizando os acabamentos da revitalização e as coberturas das quatro escadarias internas, que estavam fechadas há décadas", comenta Flores.
Tombado como patrimônio histórico e inaugurado em 1932, o viaduto passou por uma requalificação que exigiu cuidados específicos, segundo a prefeitura. Além de preservar o estilo arquitetônico original, a Smoi promoveu a regularização das redes de água, esgoto, energia elétrica, telefonia e internet nas 31 lojas localizadas sob a estrutura. Os espaços já foram reformados, mas ainda não têm ocupação comercial.
"A Secretaria de Planejamento e Gestão está conduzindo as negociações para uso das lojas. Sei que está avançado, mas nosso foco é entregar o espaço com infraestrutura e segurança para os comerciantes e a população", diz o secretário.
O projeto também inclui a restauração das fachadas, piso com ladrilho hidráulico, novas câmeras de segurança, iluminação em LED, luz cênica e corrimãos nas escadas. A intervenção no piso da escadaria Outono é uma das últimas previstas antes da liberação completa da área de pedestres.
Iniciada em novembro de 2022, a obra deveria ter sido concluída em maio de 2024, mas enfrentou sucessivos adiamentos. O custo também aumentou: passou dos R$ 13,7 milhões orçados inicialmente para mais de R$ 16 milhões.
Segundo Flores, os principais fatores que impactaram o cronograma foram a desocupação das lojas sob o viaduto, as exigências técnicas de restauração de um bem tombado com 92 anos de idade e a paralisação causada pela enchente de 2024, que afetou fornecedores e causou escassez de materiais como cimento e ladrilhos.
A prefeitura pretende liberar parte da área de circulação de pedestres em agosto. A entrega total da obra deve ocorrer até o fim do ano.
 

Notícias relacionadas