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Publicada em 14 de Julho de 2025 às 18:42

Falta de água na Capital gera transtornos a comerciantes no Jardim Lindóia

Obras realizadas pelo Dmae deixam metade da população da Capital sem água

Obras realizadas pelo Dmae deixam metade da população da Capital sem água

TÂNIA MEINERZ/JC
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Jamil Aiquel
Jamil Aiquel
O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) interrompeu, na tarde do último domingo (13), o abastecimento de água para mais de 630 mil pessoas em 34 bairros das zonas Norte e Leste de Porto Alegre.  As obras têm como objetivo aprimorar o Sistema de Abastecimento de Água (SAA) São João, visando melhorar o atendimento no verão, além de reduzir o número de paradas emergenciais na ETA. O serviço também busca aumentar a capacidade de distribuição da unidade. Segundo o departamento, a previsão de retomada do fornecimento de água está prevista para a madrugada da próxima terça-feira.  A falta de abastecimento tem afetado diretamente os comerciantes da região da avenida Sertório, no bairro Jardim Lindóia. Sem água desde o turno da manhã, os empreendedores relataram dificuldades para trabalhar.    LEIA TAMBÉM: Serviço em redes interrompe abastecimento de água em 34 bairros de Porto Alegre “Atrapalha muito na questão da higiene pessoal. Por exemplo, no refeitório não podemos lavar os pratos ou fazer a higienização”, destacou Lucas Zanin, gerente da Mazon, loja de materiais de construção situada próxima da obra na esquina da avenida Sertório com a rua Tito Chaves. Zanin também relatou uma diminuição de vendas em alguns produtos da loja que, segundo ele, dependem da utilização de água. “A farinha da construção civil é o cimento e para ter a reação dele é preciso água. Hoje não temos tido muito movimento”, afirmou.  Além do ramo da construção civil, empreendedores de outros segmentos afirmaram estar sofrendo com a falta de abastecimento. Um exemplo disso é a clínica veterinária Point Animal, que, segundo a funcionária Ana Paula Rodrigues, não está conseguindo oferecer o serviço de banho para sua clientela.  “Hoje conseguimos fazer cerca de três banhos e depois paramos, para guardar a água que ainda temos na caixa. Teve bastante gente nos procurando, pois o banho é uma parte grande do nosso faturamento, mas não podemos oferecer, então afetou bastante”, ponderou. Outros empreendedores que afirmaram receio de sofrer prejuízo por conta das obras foram Thiago Prates, proprietário da Armazém das carnes e Tatiane Tessari, dona da Bubble Box, uma lavanderia localizada na avenida Panamericana. A dupla afirmou que grande parte dos empreendimentos da região optaram por permanecer fechados por conta da falta de abastecimento. LEIA TAMBÉM: Comerciantes e moradores repercutem duplicação da Estrada Caminho do Meio em Viamão Segundo Tatiane, seu negócio deve ficar sem metade do faturamento durante os dias sem água. “Acho que amanhã não vai ter como trabalhar. Talvez a gente consiga atender alguns clientes, oferecendo o serviço das secadoras, mas ficaríamos sem 50% do faturamento”, lamentou. Mas, há quem consiga se virar sem o abastecimento. É o caso de Sabrina Nunes, empreendedora por trás da padaria Via Pan. Ela relatou que, desde as enchentes, a população da região está “bem tolerante”, com inconveniências como essas.  A empresária afirmou que está utilizando galões de 20 litros para driblar a falta de abastecimento, e que, até o momento, tudo tem dado certo.  “Tem um desafio operacional, mas não acaba afetando tanto as vendas. Até diria que aumenta, pois, sem água em casa, o pessoal saí para comer na rua”, destacou. Apesar da inconveniência, Sabrina afirmou entender a necessidade das obras. “Claro que se afetasse muitos dias, seria bem mais complicado, mas, se for para melhorar, a gente entende. A justificativa que li era que, no verão, já é para estar tudo normalizado”, ponderou.

O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) interrompeu, na tarde do último domingo (13), o abastecimento de água para mais de 630 mil pessoas em 34 bairros das zonas Norte e Leste de Porto Alegre. 


As obras têm como objetivo aprimorar o Sistema de Abastecimento de Água (SAA) São João, visando melhorar o atendimento no verão, além de reduzir o número de paradas emergenciais na ETA. O serviço também busca aumentar a capacidade de distribuição da unidade. Segundo o departamento, a previsão de retomada do fornecimento de água está prevista para a madrugada da próxima terça-feira. 


A falta de abastecimento tem afetado diretamente os comerciantes da região da avenida Sertório, no bairro Jardim Lindóia. Sem água desde o turno da manhã, os empreendedores relataram dificuldades para trabalhar. 

 

LEIA TAMBÉM: Serviço em redes interrompe abastecimento de água em 34 bairros de Porto Alegre


“Atrapalha muito na questão da higiene pessoal. Por exemplo, no refeitório não podemos lavar os pratos ou fazer a higienização”, destacou Lucas Zanin, gerente da Mazon, loja de materiais de construção situada próxima da obra na esquina da avenida Sertório com a rua Tito Chaves.


Zanin também relatou uma diminuição de vendas em alguns produtos da loja que, segundo ele, dependem da utilização de água. “A farinha da construção civil é o cimento e para ter a reação dele é preciso água. Hoje não temos tido muito movimento”, afirmou. 


Além do ramo da construção civil, empreendedores de outros segmentos afirmaram estar sofrendo com a falta de abastecimento. Um exemplo disso é a clínica veterinária Point Animal, que, segundo a funcionária Ana Paula Rodrigues, não está conseguindo oferecer o serviço de banho para sua clientela. 


“Hoje conseguimos fazer cerca de três banhos e depois paramos, para guardar a água que ainda temos na caixa. Teve bastante gente nos procurando, pois o banho é uma parte grande do nosso faturamento, mas não podemos oferecer, então afetou bastante”, ponderou.


Outros empreendedores que afirmaram receio de sofrer prejuízo por conta das obras foram Thiago Prates, proprietário da Armazém das carnes e Tatiane Tessari, dona da Bubble Box, uma lavanderia localizada na avenida Panamericana. A dupla afirmou que grande parte dos empreendimentos da região optaram por permanecer fechados por conta da falta de abastecimento.


LEIA TAMBÉM: Comerciantes e moradores repercutem duplicação da Estrada Caminho do Meio em Viamão


Segundo Tatiane, seu negócio deve ficar sem metade do faturamento durante os dias sem água. “Acho que amanhã não vai ter como trabalhar. Talvez a gente consiga atender alguns clientes, oferecendo o serviço das secadoras, mas ficaríamos sem 50% do faturamento”, lamentou.


Mas, há quem consiga se virar sem o abastecimento. É o caso de Sabrina Nunes, empreendedora por trás da padaria Via Pan. Ela relatou que, desde as enchentes, a população da região está “bem tolerante”, com inconveniências como essas. 


A empresária afirmou que está utilizando galões de 20 litros para driblar a falta de abastecimento, e que, até o momento, tudo tem dado certo. 


“Tem um desafio operacional, mas não acaba afetando tanto as vendas. Até diria que aumenta, pois, sem água em casa, o pessoal saí para comer na rua”, destacou.


Apesar da inconveniência, Sabrina afirmou entender a necessidade das obras. Claro que se afetasse muitos dias, seria bem mais complicado, mas, se for para melhorar, a gente entende. A justificativa que li era que, no verão, já é para estar tudo normalizado”, ponderou.

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