Em meio às chuvas que vem assolando o Estado e relembrando, ainda que em menor escala, a tragédia climática de maio do ano passado, o governo federal marcou presença no Rio Grande do Sul para acompanhar a situação de Porto Alegre, Canoas e Eldorado, nesta quinta-feira (19). A comitiva é composta pelo Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, pelo secretário da reconstrução do governo federal, Maneco Hassen, e pelo deputado federal Paulo Pimenta (PT).
A agenda iniciou na Capital, no bairro Sarandi, onde foi averiguada a condição do dique de contenção e foram ouvidos moradores e lideranças da comunidade. Pimenta foi quem mais dialogou, criticando o governo estadual pela inoperância na prevenção de cheias no local.
O deputado explica que, em 2024, foram feitas obras de emergência para combater a enchente, o que ele chama de “remendo”. Com o parecer do presidente Lula, o recurso para as obras definitivas foi depositado em dezembro e, a partir deste ponto, a responsabilidade passou a ser da gestão Eduardo Leite.
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Sete meses depois, Pimenta se diz “indignado” pelo cenário que encontrou e revela que, neste ano, o governo rechaçou o plano do governador de entregar a reforma apenas em 2031. Ademais, há a ênfase na inadimplência em uma reunião na prefeitura de Porto Alegre para tratar do assunto. A comunidade, por sua vez, suplica por ajuda e também se mostra descontente com Leite e com o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo.
O principal relato é sobre a insônia pelo temor de reviver as enchentes. “Não conseguimos recuperar o que perdemos no ano passado e em algumas casas a água já está entrando de novo”, desabafou uma das moradoras à comitiva. A agenda seguiu para Canoas e encerra o trajeto em Eldorado, ainda nesta quinta. Depois, como frisou Pimenta, será momento de diálogo com o governo estadual para cobrar as medidas necessárias.