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Publicada em 18 de Junho de 2025 às 13:22

'Queremos aumentar porcentagem de gastos com saúde no orçamento do Estado', diz vice-governador

Souza disse que a negocição possibilitará um aumento de 2,3% do orçamento destinado para saúde

Souza disse que a negocição possibilitará um aumento de 2,3% do orçamento destinado para saúde

Dudu Leal / Fiergs / Divulgação /JC
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Arthur Reckziegel
Arthur Reckziegel
Rio grande do Sul está em tratativas finais para aumentar porcentagem do orçamento para gastos direcionados à saúde. De acordo com o vice-governador do Estado, Gabriel Souza, a administração estadual está em negociação com o Ministério Público para realizar um acordo que aumentaria o gasto com saúde de 12% para 14,3%. Souza fez tal afirmação na manhã desta quarta-feira (18), durante assinatura de convênio entre o Sistema Fiergs por meio do Serviço Social da Indústria (Sesi-RS) e a Secretaria Estadual da Saúde (SES) para reforçar o atendimento em unidades de saúde no Rio Grande do Sul.
Rio grande do Sul está em tratativas finais para aumentar porcentagem do orçamento para gastos direcionados à saúde. De acordo com o vice-governador do Estado, Gabriel Souza, a administração estadual está em negociação com o Ministério Público para realizar um acordo que aumentaria o gasto com saúde de 12% para 14,3%. Souza fez tal afirmação na manhã desta quarta-feira (18), durante assinatura de convênio entre o Sistema Fiergs por meio do Serviço Social da Indústria (Sesi-RS) e a Secretaria Estadual da Saúde (SES) para reforçar o atendimento em unidades de saúde no Rio Grande do Sul.
Para ele, o cálculo que computa porcentagem do orçamento do Estado que é investido em saúde está defasado. "Esse cálculo foi organizado lá no governo Tarso, em 2012, e desde então a porcentagem se mantém a mesma. Hoje estamos cumprindo os 12%, mas há questionamentos sobre a possibilidade  desse cômputo incluir a parte patronal do IPE Saúde que atende um milhão de gaúchos. O que estamos propondo ao MP, é, gradualmente, ir tirando esse gasto com o IPE do cálculo, assim, aumentando, por consequência, o investimento do Estado em saúde", explica.
Caso seja confirmado o aumento no investimento, o Rio Grande do Sul será um dos estados brasileiros que mais investe em saúde, segundo o vice-governador. "A nossa expectativa é que o acordo seja assinado em breve. No final da viabilização desse acordo, que é de seis anos, devemos ter mais de R$1,2 bilhões gastos com saúde, que pode ser, uma parte em custeio para melhorar a remuneração dos procedimentos e uma outra em investimento para aquisição de equipamentos", alega Souza.

Instalação de 28 estruturas móveis

A parceria prevê a instalação de 28 estruturas móveis (tendas) com três profissionais de enfermagem (um enfermeiro e dois técnicos) em municípios que enfrentam situações de superlotação.
 
As 28 tendas espalhadas pelo Estado serão assim  |  Dudu Leal / Fiergs / Divulgação / JC
As 28 tendas espalhadas pelo Estado serão assim Dudu Leal / Fiergs / Divulgação / JC
A formalização da parceria foi realizada pelo presidente do Sistema Fiergs, Claudio Bier, pela secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, na sede da Federação, e também do vice-governador gaúcho, Gabriel Souza. Para Bier, a parceria é mais uma prova do compromisso da Fiergs a saúde do Estado. "Este é mais um grande passo para levar atendimento de qualidade à quem precisa, juntos podemos construir soluções práticas para a população. A Fiergs estará sempre à disposição do Rio Grande do Sul", disse o presidente.
O vice-governador aproveitou para ressaltar a importância da iniciativa em meio as crises climáticas que atingem diversas cidades. "Hoje é um dia difícil para os gaúchos. São dois óbitos, um desaparecido e mais de mil pessoas desabrigadas. O frio também trouxe muita preocupação com as doenças respiratórias. O Brasil inteiro está vivendo uma pressão na saúde por conta dessas mudanças na temperatura", informa.
A prioridade será dada a municípios em situação de emergência, com alerta para despesas, altos índices de internações por Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), ou que enfrentam os efeitos dos recentes eventos climáticos. A SES-RS realizou estudo técnico para apontar os municípios prioritários para a instalação das estruturas, que são:

• Alegrete
• Alvorada
• Bento Gonçalves
• Cachoeira do Sul
• Cachoeirinha
• Canoas
• Carazinho
• Caxias do Sul
• Cruzeiro do Sul
• Gravataí
• Guaíba
• Lajeado
• Mata
• Mostardas
• Novo Hamburgo
• Passo Fundo
• Porto Alegre
• Quaraí
• São Borja
• Sapucaia do Sul
• Uruguaiana
• Viamão

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