Por Adrielly Araújo, especial para o JC
A crise na saúde pública do Rio Grande do Sul deu mais um passo rumo a uma resposta institucional. Reunidas nesta terça-feira (28), na sede da Famurs, lideranças estaduais e municipais definiram os critérios técnicos que irão embasar a proposta de utilização emergencial de recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) para a saúde. O valor estimado a ser solicitado varia entre R$ 500 e R$ 700 milhões, dos R$ 1,5 bilhão disponíveis atualmente no fundo.
A medida busca conter os impactos da superlotação das emergências, da falta de leitos hospitalares e do aumento das internações por doenças respiratórias, cenário agravado pelas enchentes que atingiram o Estado desde o final de abril do ano passado. Segundo dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), em 2025 já foram registradas 4.871 hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 366 mortes. Um terço dessas internações (1.641) envolvem crianças com menos de cinco anos, faixa etária que representa 11 dos óbitos.
Critérios definidos e próximos passos
De acordo com o presidente do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Gilberto Barichello, os recursos do Funrigs serão distribuídos com base em três critérios técnicos: valor per capita, grau de emergencialidade (nível de sobrecarga atual de cada município) e grau de complexidade da rede local de saúde. “Será uma proposta concreta, com base em dados técnicos e construída por todos os atores envolvidos. O objetivo é enfrentar a emergencialidade. Há um nexo claro entre a tragédia climática e a crise hospitalar que vivemos”, afirmou.
Barichello destacou que 467 estruturas de saúde foram afetadas pelas inundações, 120 delas totalmente destruídas, e que o impacto não se restringe aos municípios atingidos diretamente. “Estudos mostram que tragédias climáticas afetam toda a rede de saúde. Mesmo municípios fora da ‘mancha’ das enchentes sofrem com sobrecarga e desassistência.”
A medida busca conter os impactos da superlotação das emergências, da falta de leitos hospitalares e do aumento das internações por doenças respiratórias, cenário agravado pelas enchentes que atingiram o Estado desde o final de abril do ano passado. Segundo dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), em 2025 já foram registradas 4.871 hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 366 mortes. Um terço dessas internações (1.641) envolvem crianças com menos de cinco anos, faixa etária que representa 11 dos óbitos.
Critérios definidos e próximos passos
De acordo com o presidente do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Gilberto Barichello, os recursos do Funrigs serão distribuídos com base em três critérios técnicos: valor per capita, grau de emergencialidade (nível de sobrecarga atual de cada município) e grau de complexidade da rede local de saúde. “Será uma proposta concreta, com base em dados técnicos e construída por todos os atores envolvidos. O objetivo é enfrentar a emergencialidade. Há um nexo claro entre a tragédia climática e a crise hospitalar que vivemos”, afirmou.
Barichello destacou que 467 estruturas de saúde foram afetadas pelas inundações, 120 delas totalmente destruídas, e que o impacto não se restringe aos municípios atingidos diretamente. “Estudos mostram que tragédias climáticas afetam toda a rede de saúde. Mesmo municípios fora da ‘mancha’ das enchentes sofrem com sobrecarga e desassistência.”
- LEIA TAMBÉM: Simers comemora aprovação de projeto que aumenta pena para crimes cometidos contra médicos
A comissão técnica será liderada pela presidente da Famurs, Adriane Perin de Oliveira, que conduzirá o diálogo com o governador Eduardo Leite. Uma nova reunião foi marcada para a próxima segunda-feira (3), quando a proposta final será consolidada e entregue ao comitê gestor do Funrigs, composto pelo governador, vice-governador, Casa Civil, Secretarias de Planejamento, Reconstrução, Comunicação, e Procuradoria-Geral do Estado.
Falas marcantes da reunião
Nos primeiros 15 minutos da reunião, antes da retirada da imprensa, diversas lideranças reforçaram a gravidade da situação e a urgência de resposta. “Chegamos até aqui com o caos. O fato é que precisamos hoje levantar os números reais para cobrar posições claras do governo estadual e do governo federal. Não importa de onde virá o dinheiro — queremos saber quanto e quando vem, porque enquanto estamos aqui reunidos, pessoas estão morrendo esperando atendimento”, afirmou Adriane Perin de Oliveira.
O presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RS (Cosems-RS), Régis Fonseca Alves, também reforçou: “Temos que apresentar um documento técnico robusto. A situação é de superlotação, com emergências chegando a 150%, 200%. Se o recurso não vier do Funrigs, que venha de onde for possível, mas precisamos de resposta.”
Participação e responsabilidade compartilhada
A proposta deve buscar garantir repasses emergenciais para todos os municípios, priorizando os mais afetados, mas reconhecendo que toda a rede foi pressionada pela tragédia.
A presidente da Famurs reforçou que muitos municípios já extrapolaram o mínimo constitucional de 15% para a saúde, chegando a comprometer mais de 20% de seus orçamentos. “Os municípios não podem mais arcar sozinhos com os custos crescentes. Precisamos de um verdadeiro cofinanciamento com União e Estado.”
Falas marcantes da reunião
Nos primeiros 15 minutos da reunião, antes da retirada da imprensa, diversas lideranças reforçaram a gravidade da situação e a urgência de resposta. “Chegamos até aqui com o caos. O fato é que precisamos hoje levantar os números reais para cobrar posições claras do governo estadual e do governo federal. Não importa de onde virá o dinheiro — queremos saber quanto e quando vem, porque enquanto estamos aqui reunidos, pessoas estão morrendo esperando atendimento”, afirmou Adriane Perin de Oliveira.
O presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RS (Cosems-RS), Régis Fonseca Alves, também reforçou: “Temos que apresentar um documento técnico robusto. A situação é de superlotação, com emergências chegando a 150%, 200%. Se o recurso não vier do Funrigs, que venha de onde for possível, mas precisamos de resposta.”
Participação e responsabilidade compartilhada
A proposta deve buscar garantir repasses emergenciais para todos os municípios, priorizando os mais afetados, mas reconhecendo que toda a rede foi pressionada pela tragédia.
A presidente da Famurs reforçou que muitos municípios já extrapolaram o mínimo constitucional de 15% para a saúde, chegando a comprometer mais de 20% de seus orçamentos. “Os municípios não podem mais arcar sozinhos com os custos crescentes. Precisamos de um verdadeiro cofinanciamento com União e Estado.”
A proposta em construção pretende resposta rápida à emergência sanitária que assola o Rio Grande do Sul. “Há um recurso disponível e precisamos agir com celeridade para diminuir o sofrimento das pessoas nos postos, UPAs e hospitais. É disso que se trata: salvar vidas agora”, concluiu Barichello.
A próxima reunião, marcada para segunda-feira (3), será decisiva para o encaminhamento da proposta ao comitê gestor. A expectativa é que o plano seja oficialmente protocolado ainda na próxima semana.