Porto Alegre tem 5.212 casos confirmados de dengue, com três óbitos registrados, um caso "importado" confirmado de chikungunya em 2025 e 25.493 notificações de suspeitas até 26 de abril. Três sorotipos do vírus da dengue foram identificados na Capital - DENV1, DENV2, DENV3. Segundo a Diretoria de Vigilância em Saúde de Porto Alegre, em último Boletim Epidemiológico, o estágio operacional atual de Porto Alegre é o de emergência.
Nas últimas duas semanas, os bairros com mais casos de dengue por 100 mil habitantes foram Jardim Itu e Jardim Sabará. Nesses 15 dias foram registrados casos em 81 bairros da cidade. A incidência acumulada de dengue em Porto Alegre em 2025 está em 391,04 casos por 100 mil habitantes. Os dados do boletim foram atualizados em 28/04/2025 e estão sujeitos à revisão.
Bairros da Capital com mais casos de dengue por 100 mil habitantes
Sistema Sentinela/Reprodução/JC
Em relação à 2024, o número de suspeitas é maior em 2025, mas o número de casos confirmados é menor. Em 2024, foram 24.841 notificações e 11.740 casos confirmados. A letalidade em 2025 é maior. Em 2024, no mesmo período analisado, foram seis óbitos, e mais casos. Os três óbitos deste ano são de mulheres, duas com comorbidades. Oito óbitos estão em investigação pela Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis.
Segundo a Diretoria de Vigilância em Saúde, pessoas entre 31 e 40 anos somam o maior número de casos da dengue e as mulheres correspondem a 54% dos casos. Os principais sintomas relatados por pacientes são febre, mialgia (dor no corpo) e cefaleia (dor de cabeça).
Segundo a Diretoria de Vigilância em Saúde, pessoas entre 31 e 40 anos somam o maior número de casos da dengue e as mulheres correspondem a 54% dos casos. Os principais sintomas relatados por pacientes são febre, mialgia (dor no corpo) e cefaleia (dor de cabeça).
Mesmo com o inverno chegando, a infestação na Capital ainda é crítica, e por isso a eliminação de criadouros continua sendo importante para evitar a proliferação do mosquito. Recomendações incluem conferir lixo doméstico, plantas e recipientes expostos ao acúmulo de água, depósitos, ralos, caixas d’água e piscinas não tratadas são. Para mais informações, acesse o site.
Porto Alegre ainda sem vacinas
Mesmo com decreto de situação de emergência em razão da dengue, e da instalação de um hospital de campanha na Zona Norte (em que apenas uma das cinco tendas de atendimento está funcionando), Porto Alegre continua com falta de imunizantes contra a doença.
Em nível nacional, a vacina está disponível em duas etapas, para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Na Capital, 22,3 mil pessoas desta faixa etária receberam a primeira aplicação, enquanto 8,5 mil aplicaram também a segunda dose. Segundo a secretaria Municipal da Saúde (SMS), faltam 54,6 mil primeiras doses e 63,7 mil segundas doses - e não há expectativa da chegada de novos imunizantes.
Em nível nacional, a vacina está disponível em duas etapas, para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Na Capital, 22,3 mil pessoas desta faixa etária receberam a primeira aplicação, enquanto 8,5 mil aplicaram também a segunda dose. Segundo a secretaria Municipal da Saúde (SMS), faltam 54,6 mil primeiras doses e 63,7 mil segundas doses - e não há expectativa da chegada de novos imunizantes.