O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve nesta segunda-feira (2) a validade do júri que condenou quatro pessoas pelo incêndio que aconteceu na Boate Kiss, em Santa Maria.
A tragédia em 2013 deixou 242 mortos e mais de 600 pessoas ficaram feridas. As vítimas tinham idade média de 23 anos.
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O incêndio completou dez anos ano passado sem que houvesse nenhuma pessoa responsabilizada pela Justiça porque, em agosto de 2022, por 2 votos a 1, os desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça gaúcho anularam o júri que havia decidido pelas condenações em dezembro de 2021. A decisão de Toffoli aceita os recursos apresentados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e pelo Ministério Público Federal e determina a prisão dos condenados.
Foram acusados de homicídio simples com dolo eventual os sócios da boate Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o músico Marcelo de Jesus dos Santos e o auxiliar de palco Luciano Bonilha Leão.
O incêndio ocorreu na madrugada de 27 de janeiro de 2013. A maioria das vítimas sofreu asfixia por gases tóxicos liberados pela queima do revestimento de espuma instalado irregularmente no local e que foi atingido pelas chamas de um artefato pirotécnico acendido durante o show da banda Gurizada Fandangueira.
Em julho deste ano, o prédio em que funcionava a boate foi demolido. No terreno será construído um memorial em homenagem às vítimas.
Folhapress