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Publicada em 16 de Maio de 2024 às 17:02

ERS-118 vira acesso alternativo a Porto Alegre e registra engarrafamentos diários

Engarrafamento faz alguns condutores se arriscarem pelo acostamento, que tem buracos e lodo

Engarrafamento faz alguns condutores se arriscarem pelo acostamento, que tem buracos e lodo

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
Alternativa para conectar Porto Alegre com a Região Metropolitana e o interior depois das enchentes que bloquearam diversas vias, a ERS-118 tem registrado dias de fluxo intenso. Carros, caminhões e ambulâncias em ambos sentidos enfrentam horas de congestionamento em trajetos que, a depender do caso, poderiam durar menos de trinta minutos. Também é possível chegar a Porto Alegre pelo corredor humanitário, mas só alguns veículos são autorizados a utilizá-lo.
Alternativa para conectar Porto Alegre com a Região Metropolitana e o interior depois das enchentes que bloquearam diversas vias, a ERS-118 tem registrado dias de fluxo intenso. Carros, caminhões e ambulâncias em ambos sentidos enfrentam horas de congestionamento em trajetos que, a depender do caso, poderiam durar menos de trinta minutos. Também é possível chegar a Porto Alegre pelo corredor humanitário, mas só alguns veículos são autorizados a utilizá-lo.
O fisioterapeuta do clube de futebol São José, Vasyl Saciura, precisou ir à Zona Norte de Porto Alegre nesta quarta-feira (15) e levou cerca de 4 horas para chegar ao destino. "O trânsito estava bastante pesado, travado. Tinha bastante caminhão, ambulância", relatou. Ele, que saiu de Gravataí, afirmou que costuma fazer o trecho em menos de trinta minutos normalmente. "Cheguei em Porto Alegre e brinquei que estava chegando de Criciúma pelo tempo que levei", disse.
A empresária Samira Leal tem familiares em Guaíba e não os visita há semanas. "Estou com medo de enfrentar três horas de trânsito", contou. Ela está pensando em ir no final de semana, com a expectativa de que o fluxo diminua um pouco. "Já estou com saudades", afirmou.
A reportagem do Jornal do Comércio também passou pelo trajeto na quarta-feira, mas para sair da Capital à caminho de São Leopoldo. Com o início da viagem às 9h45min, só foi possível chegar às 12h na Unisinos, uma das maiores universidades privadas do Estado, onde o presidente Lula fez anúncios importantes para a reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes que devastaram diversas cidades gaúchas. Normalmente, este trajeto levaria, no máximo, uma hora para ser feito.
Em alguns trechos da ERS-118, onde há pista única em cada sentido, o acostamento está liberado, mas muitos condutores preferem não arriscar. Há muitos buracos e regiões lamacentas, que podem estragar ou atolar os veículos. Ônibus, caminhões e carros mais altos, no entanto, estão tentando a sorte para poupar alguns minutos.
Na volta da reportagem à Porto Alegre, foi possível ver um carro que perdeu o pneu e ficou no acostamento. Qualquer incidente ou acidente pode bloquear a única chegada à Capital gaúcha pela cidade de Viamão, que também enfrenta congestionamentos maiores que os habituais. Quando há necessidade de dar espaço à veículos de urgência, como ambulâncias, é preciso que os carros da ERS-118 se espremam no acostamento, e o veículo que tem pressa acaba por invadir parte da pista na contramão.
Em outros pontos, como na saída de Alvorada, o policiamento tenta dar algum tipo de organização ao caos. Em Porto Alegre, ao chegar na avenida Ipiranga, por volta das 20h desta quarta-feira, quando o fluxo, em dias normais, já teria diminuído, muitos carros ainda estavam se deslocando em direção à Viamão, formando uma longa fila de trânsito.  O tempo de viagem da reportagem na volta de São Leopoldo foi de cerca de 2h30min.
O Comando Rodoviário da Brigada Militar, que tem coordenado a rodovia, informou que como há muita demanda em todas rodovias, não está fazendo a contagem dos veículos, nem estimativa de movimentação para os próximos dias. 
 

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