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Publicada em 14 de Maio de 2024 às 21:19

Guaíba volta a subir e supera marca de 5,20 m

Ventos que atingiram a Capital nesta terça ajudaram a represar as águas

Ventos que atingiram a Capital nesta terça ajudaram a represar as águas

ANSELMO CUNHA/AFP/JC
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O nível do Guaíba subiu 0,42 cm em 24 horas e atingiu 5,20 m às 7h15min desta terça-feira (14) - o nível do lago estava em 4,78 metros às 7h30min da segunda-feira. Porto Alegre viu neste início de semana uma corrida contra o tempo para erguer barreiras contra a água e resgatar moradores que ainda estão em áreas de risco. Ao longo do dia, a água alcançou 5,23 m na régua de medição do Guaíba. A última medição do lago, às 18h15 de ontem, apontou 5,22 m.
O nível do Guaíba subiu 0,42 cm em 24 horas e atingiu 5,20 m às 7h15min desta terça-feira (14) - o nível do lago estava em 4,78 metros às 7h30min da segunda-feira. Porto Alegre viu neste início de semana uma corrida contra o tempo para erguer barreiras contra a água e resgatar moradores que ainda estão em áreas de risco. Ao longo do dia, a água alcançou 5,23 m na régua de medição do Guaíba. A última medição do lago, às 18h15 de ontem, apontou 5,22 m.
A previsão era de que o Guaíba pudesse superar 5,35 m, maior nível já registrado - marca do domingo passado, 5 de maio. A análise é do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Na noite de sábado, o lago estava com 4,56 m e desde então tem subido de maneira constante devido à chuva do fim de semana.
"Os cenários de previsão indicam estabilização em nível elevado, acima dos 5 metros, seguido de recessão lenta nos próximos dias, ficando superior a 4 m durante esta semana. A duração da recessão com níveis elevados poderá ser prolongada a depender do volume de futuras chuvas", informa o IPH. "A principal preocupação do momento é a atual elevação de níveis em função das chuvas ocorridas e o efeito do vento, e a duração em níveis elevados", acrescenta o departamento vinculado à Ufgrs.
Especialistas apontam que as chuvas em sequência dificultam o escoamento, e que a cidade ainda pode permanecer por até um mês embaixo d'água. "O quadro de cheias ainda está em andamento e não há sinal de que será revertido nos próximos dias", afirma o professor Rualdo Menegat, do Instituto de Geociências da Ufrgs.
As inundações já causaram 149 mortes e afetam cerca de 2 milhões de pessoas em 446 dos 497 municípios gaúchos. Até o boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado nesta terça-feira, 79.494 pessoas ainda estavam em abrigos. Já os desalojados, somam 538.245 gaúchos. Os feridos são 806 e os desaparecidos 112.
 

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