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Publicada em 14 de Maio de 2024 às 13:32

Com ampliação de linhas, Rodoviária no bairro Agronomia tem movimento intenso

Estrutura provisória no Terminal Antônio de Carvalho no bairro Agronomia recebe 18 linhas

Estrutura provisória no Terminal Antônio de Carvalho no bairro Agronomia recebe 18 linhas

TÂNIA MEINERZ/JC
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Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
Com a ampliação das linhas intermunicipais, a Estação Rodoviária de Porto Alegre que funciona desde a semana passada no terminal Antônio de Carvalho, no bairro Agronomia, na zona Leste da Capital, registra um movimento intenso de passageiros. São 18 linhas em operação no terminal provisório, e a previsão da administração da Rodoviária é que haja a ampliação de mais horários na próxima semana. Na estrutura, circulam também ônibus de Porto Alegre e uma linha que se desloca para Viamão na Região Metropolitana.
Com a ampliação das linhas intermunicipais, a Estação Rodoviária de Porto Alegre que funciona desde a semana passada no terminal Antônio de Carvalho, no bairro Agronomia, na zona Leste da Capital, registra um movimento intenso de passageiros. São 18 linhas em operação no terminal provisório, e a previsão da administração da Rodoviária é que haja a ampliação de mais horários na próxima semana. Na estrutura, circulam também ônibus de Porto Alegre e uma linha que se desloca para Viamão na Região Metropolitana.
O diretor de Operações da Estação Rodoviária, Giovanni Luigi, disse que o número de destinos e cidades atendidas no terminal Antônio de Carvalho está sendo aumentado. "Existe um clamor das pessoas que precisam sair de Porto Alegre por diversos motivos devido à falta de água ou luz ou de ambos, pela inundação ou porque tem parentes no interior do Estado em uma situação melhor", destaca. Na terça-feira à noite (13), o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer) decidiu cancelar os itinerários para Tapes, Camaquã, Cristal, São Lourenço do Sul e Pelotas em razão das enchentes que atingem o Rio Grande do Sul nos últimos dias.
A dona de casa Aline Santos, que estava com o filho Gustavo, de um ano, iria enfrentar uma "verdadeira jornada" para chegar à cidade de Arroio Grande. Ela iria embarcar em Porto Alegre com destino a Rio Grande. Ao desembarcar em Rio Grande, tentaria pegar um ônibus até Pelotas para depois chegar em Arroio Grande. A peruana Yoselin Lisbeth, que veio a Porto Alegre visitar familiares, tinha como destino chegar a Osório para pegar um ônibus até Florianópolis, onde pretendia pegar um avião com destino ao Rio de Janeiro.
TÂNIA MEINERZ/JC
Com o filho Gustavo, de um ano, Aline Santos, tinha como destino a cidade de Arroio Grande  (Crédito: Tânia Meinerz)
No prédio no largo Vespasiano Júlio Veppo, no Centro Histórico, antes das enchentes eram disponibilizados 240 horários de segunda a quinta-feira. Na sexta e sábado, eram oferecidos 320 horários ao público. O diretor de Operações da Estação Rodoviária informou que as compras de passagem podem ser realizadas em seis terminais colocados no terminal Antônio de Carvalho, na avenida Bento Gonçalves. As passagens podem ser adquiridas também pelo site da Veppo. "Quem puder comprar pela internet que faça porque já facilita o embarque nos ônibus", acrescenta.
Terminal no bairro Agronomia conta com a presença de taxistas
TÂNIA MEINERZ/JC
Ponto de embarque conta com mais de 20 táxis a disposição da população (Tânia Meinerz/JC)    
Quem pretende viajar de ônibus pelo terminal provisório conta também com a presença de taxistas. Nesta terça-feira (14), mais de 20 táxis estavam em operação na estrutura. Agentes da EPTC estavam no local para monitorar a circulação. Segundo Luigi, os passageiros têm enviado mensagens pelas redes sociais onde fazem perguntas sobre a presença de táxis no terminal. "Mandamos fotos aos passageiros mostrando que há táxis no terminal. Tem gente do interior do Estado que pergunta se ao chegar no terminal terá táxis", destaca.
O taxista Rodrigo Silveira, que trabalha desde 2011 no aeroporto Salgado Filho, que está no terminal desde sexta-feira (10), afirmou que tem sido um recomeço. "A cidade não gira quando o Centro de Porto Alegre está parado", lamenta. Silveira, que chegou ao ponto às 7h30min, realizou a primeira corrida por volta das 10h.
Já Cláudio Pinheiro, que atua há 16 anos no ponto do Aeroporto Salgado Filho, afirmou que as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul são pior que a pandemia da Covid-19. "Está sendo um verdadeiro recomeço porque aqui no terminal da Agronomia é outro público", comenta. Pinheiro disse que está um pouco sem referência porque a vida toda sempre foi um motorista de "ponto fixo". "Com a crise causada pelas enchentes temos que rodar pela cidade em busca dos passageiros. Está sendo muito diferente", acrescenta.

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