Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (14), no Gabinete de Crise da prefeitura de Encantado, o governador Eduardo Leite (PSDB) reafirmou a preocupação com a reconstrução das moradias destruídas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. No momento, a prioridade do governo estadual no curto prazo está na solução de como realocar as pessoas que estão nos abrigos improvisados, já que “mesmo a construção de casas de passagem demandaria grande tempo”.
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Até o momento, além dos 47 mortos e 9 desaparecidos, o Estado possui ao menos 4.892 pessoas desabrigadas e outras 20.963 desalojadas em decorrência das chuvas extremas, conforme o último levantamento da Defesa Civil. Segundo Leite, a presença do Secretário Nacional de Habitação - que realiza nesta tarde sua primeira visita à região desde o início da tragédia - será essencial para definir os recursos federais que serão disponibilizados.
“Desde a visita do vice-presidente ao Estado houve uma série de anúncios de auxílios, mas agora é preciso refinar e entender exatamente como eles vão funcionar e o que será destinado para cada situação”, refletiu o governador.
Quanto aos recursos estaduais, Leite chama atenção para a nova etapa do programa Volta Por Cima, que disponibilizou R$ 25 milhões para ajudar as milhares de famílias prejudicadas pela catástrofe. No entanto, ele destaca que o Estado ainda enfrenta um grande “problema cadastral” e está contando com o auxílio das prefeituras para ter acesso a totalidade das vítimas.
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O vice-governador e líder do Centro de Coordenação do Governo na região do Vale do Taquari, Gabriel Souza (MDB), que esteve ao lado de Leite durante a agenda desta quinta em Encantado, destacou o envio, por parte do Estado, de pelo menos cinco engenheiros para as principais cidades devastadas pelas cheias. Segundo ele, essa medida tem como prioridade “fazer uma rápida varredura na cidade e averiguar a situação dos edifícios, analisando se há segurança para os moradores”.
Quando perguntado sobre as pontes que foram derrubadas pela força das águas, Eduardo Leite destacou a Ponte de Ferro, sobre o Rio das Antas, que ligava Nova Roma do Sul a Farroupilha e foi totalmente destruída. De acordo com o governador, as pontes de maior extensão serão bem complexas para reconstruir, necessitando de um período de no mínimo um ano para tal. A solução terá que ser o uso improvisado de balsas durante as obras.
Finalizando a coletiva, Leite e Gabriel prometeram manter a atenção redobrada para toda a população do Vale do Taquari, mesmo quando estiverem distantes. “Nós estamos sempre acompanhando a situação. Temos uma sala de crise e uma sala de situação de emergência e estamos sempre atentos a tudo o que ocorre, não deixaremos a população desamparada”, finaliza o governador.


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