"Vamos desbloquear (estradas) com uso de força", avisou o secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Vanius Cesar Santarosa, após
reunião do Gabinete de Crise, com autoridades estaduais, federais e até do Exército nesta terça-feira (1) em Porto Alegre, para definir ações em relação aos protestos de descontentes com o resultado da eleição presidencial.
Segundo Santarosa, a estratégia é aplicar ação de força usando os seis batalhões de Polícia de Choque. "Haverá prioridade para liberar os principais pontos e depois os menores", explica a autoridade estadual.
Antes de usar a força, o secretário disse que é feita tentativa de conversa para liberar os trechos. Caso não se consiga o desbloqueio, as autoridades rodoviárias e policiais notificam os manifestantes e podem aplicar multas, adverte Santarosa. A multa pode chegar a R$ 18 mil, além do recolhimento dos veículos, detalhou ele.
"A manifestação é democrática, mas não pode prejudicar o direito de ir e vir das pessoas. Até as 18h, esperamos ter outro cenário no Estado", projeta o secretário. Segundo ele, houve 10 registros policiais devido aos bloqueios, mas não indicou prisões.
A área da segurança, por meio dos comandos da Polícia Rodoviária Estadual, negociou com grupos nas rodovias estaduais, o que gerou liberação parcial ou total, com liberação do fluxo em algumas delas.
"O primeiro momento foi de conversa e diálogo. Após 24 horas, não podemos ter o Estado inviabilizado devido a bloqueios", reforçou a maior autoridade de Segurança Pública gaúcha.
Sobre a presença do Comando Militar do Sul (CMS) na reunião do Gabinete de Crise, Santarosa explicou que há informação de que, após os protestos nas estradas, grupos teriam a intenção de se manifestar em frente a quartéis, a partir de quinta-feira (3) ou sexta-feira (4).