As
declarações de autoridades estaduais indicam que o Rio Grande do Sul não está preparado para controlar efetivamente um incêndio dessa magnitude em um edifício desse tamanho. Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, César Bonfanti, "é histórico que no Estado há dificuldades em termos de viaturas no combate a incêndios em prédios altos".
Foram mobilizadas 21 viaturas no combate às chamas, que não estariam totalmente aptas a combater um incêndio no prédio de 9 andares (27 metros). Bonfanti afirmou que já foi lançada licitação para a compra de novos caminhões de bombeiros mais capacitados, vindos da Espanha, em um investimento de R$ 8 milhões. Os veículos devem chegar até o início do ano que vem.
A dificuldade, no entanto, poderia ser ainda maior. Bonfanti relata que, no passado, já houve problemas resultantes do número de viaturas e inclusive falta de mangueiras - problema já superado. "Nos últimos anos tivemos investimento significativo nas viaturas de combate a incêndio. Hoje, temos 7 estações distribuídas pela Capital - todas têm viaturas", disso o comandante.
Bonfanti afirmou que "as dificuldades de ontem não foram em viaturas de combate ao incêndio, em mangueiras e em equipamentos de proteção individual, como se tinha no passado".
A altura do prédio e o fato de ele ter sido erguido em 1972, inicialmente como sede da antiga Rede Ferroviária Federal e doada para o Estado afim de abrigar a estrutura administrativa da SSP, influenciaram na magnitude do incêndio, analisou o comandante.
Leite e o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior (sem partido) já confirmaram que o prédio será demolido e uma nova estrutura para sediar a secretaria será erguida. Ainda há dois bombeiros, que atuaram na contenção das chamas, desaparecidos. Parte da estrutura do prédio desabou durante a madrugada e ainda há riscos de novos desabamentos.