O governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) e outras autoridades do Estado concederam entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (15) após verificarem a situação do prédio da Secretaria de Segurança Pública (SSP) em Porto Alegre,
destruído em um incêndio na noite dessa quarta-feira.
Leite disse que a prioridade é localizar os bombeiros que estão desaparecidos. O fogo teria começado por volta das 21h30 no quarto andar do prédio, que também sediava a parte administrativa de outros órgãos, como o Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS) e o Instituto Geral de Perícias (IGP).
Segundo o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior (PTB), quando o incêndio começou, estavam no prédio cerca de 40 a 50 servidores e todos saíram.
Foi durante o processo de evacuação do local e na garantia de que os primeiros agentes do corpo de bombeiros que chegaram ao local para conter as chamas recuassem em segurança que 1º Tenente Deroci de Almeida da Costa, e o 2º Sargento Lúcio Ubirajara de Freitas Munhós, servidor do Comando-Geral da Corporação que estava fora de serviço e se deslocou voluntariamente para auxiliar os colegas, foram dados como desaparecidos.
Apesar de grande parte da estrutura administrativa da segurança do Estado estar sediada no prédio, o incêndio não incapacitou o sistema de integração da segurança gaúcha. "Não há grandes prejuízos ao sistema de integração”, disse Ranolfo ao comentar sobre os serviços que eram localizados no local. Leite completou: "Integração é uma cultura, esforço de governança, que transcende um prédio".
O vice-governador disse que “a ideia é colocar o prédio abaixo, fazer a demolição total do prédio, para construir nova secretaria”. Sobre as causas do incêndio, ele acredita não ser criminoso. “Nada leva a crer que possa ser incêndio criminoso, no entanto, em momento inicial, não podemos descartar está hipótese”, afirmou.
O comandante geral do Corpo de Bombeiros, Cesar Bonfanti, explicou que a dificuldade para controlar as chamas não ocorreu por questão de mangueiras, como em incêndios anteriores. "É histórico que temos dificuldade ao combate a incêndios em prédios altos por conta da viatura. Fizemos investimento de R$ 8 milhões para adquirir novas viaturas vindas da Espanha, que devem chegar no final do ano", disse Bonfanti.
Ainda há focos de incêndio no local e está sendo feita a análise de risco de colapso da estrutura para que se possa fazer a entrada no prédio.