Recentemente, a empreendedora inaugurou o Península, um bar de vinhos pensado para oferecer experiências enogastronômicas acolhedoras e de qualidade

Confira as dicas de Sophia Andrade para investir no mercado de vinhos

Recentemente, a empreendedora inaugurou o Península, um bar de vinhos pensado para oferecer experiências enogastronômicas acolhedoras e de qualidade

Sophia Andrade é editora de gastronomia há mais de 10 anos, com pós-graduação em enologia e uma trajetória dedicada ao universo do vinho. Recentemente, a empreendedora inaugurou o Península, um bar de vinhos pensado para oferecer experiências enogastronômicas acolhedoras e de qualidade, valorizando pequenos produtores, rótulos autorais e uma curadoria que privilegia autenticidade e equilíbrio. Para aqueles que desejam investir no mercado, confira as dicas:
Sophia Andrade é editora de gastronomia há mais de 10 anos, com pós-graduação em enologia e uma trajetória dedicada ao universo do vinhoRecentemente, a empreendedora inaugurou o Península, um bar de vinhos pensado para oferecer experiências enogastronômicas acolhedoras e de qualidade, valorizando pequenos produtores, rótulos autorais e uma curadoria que privilegia autenticidade e equilíbrio. Para aqueles que desejam investir no mercado, confira as dicas:
1. Qualidade do vinho: nem só gosto, nem só preço. Muitas vezes ouvimos o ditado 'vinho bom é o que você gosta', mas essa não é uma verdade absoluta. É claro que o gosto pessoal é importante, mas existem fatores técnicos que influenciam a qualidade e podem fazer toda a diferença na taça. Não basta olhar apenas para o valor de compra: um vinho mais caro nem sempre será superior. Vale observar o país de origem, o tipo de uva e até os métodos de produção. Por exemplo, vinhos importados podem conter mais conservantes e sulfitos que alguns rótulos nacionais. 
2. Madeira no vinho: refinamento ou desastre. A madeira, quando bem utilizada, pode transformar um vinho. Assim como o vinho, ela também possui taninos, que durante o estágio em barrica se combinam e suavizam, resultando em menos adstringência, mais equilíbrio, melhor textura e uma evolução de aromas que valoriza o envelhecimento. No entanto, o uso inadequado pode comprometer todo o trabalho do produtor. Madeira de baixa qualidade ou excesso de tempo de contato podem gerar aromas e sabores artificiais.
3. Quando o vinho fala errado: reconhecendo defeitos na taça. Nem todo aroma estranho é charme. Cheiro de rolha molhada (Brett), vinagre (acetificação) ou ovo cozido (redução excessiva) são exemplos de defeitos que podem indicar problemas de produção, armazenamento ou transporte. Saber reconhecer evita que você confunda um defeito com característica.
4. Harmonização: mais química do que romance. A harmonização entre vinho e comida vai muito além de 'tinto com carne e branco com peixe'É um jogo de equilíbrio entre peso, acidez, gordura, sal e doçura. Vinhos com acidez elevada, como um espumante brut, cortam a gordura de pratos mais untuosos. Já vinhos doces, como o Sauternes, criam contraste perfeito com pratos salgados ou picantes.
5. Serviço e taça: o vinho também depende de você. A qualidade percebida pode mudar muito dependendo de como o vinho é servido. Temperatura, tipo de taça e até o tempo de aeração influenciam no aroma e sabor. Um vinho excelente servido quente demais ou em taça inadequada pode parecer simples ou desequilibrado.