Em projeto que marca o centenário do Santo Antônio, proprietários planejam novos produtos e mudanças que estendem-se do serviço à arquitetura

Churrascaria tradicional de Porto Alegre aposta em rebranding


Em projeto que marca o centenário do Santo Antônio, proprietários planejam novos produtos e mudanças que estendem-se do serviço à arquitetura

O churrasco não tem um único conceito. Há quem prefira o espeto, há os entusiastas da grelha, há, até, quem acredite que não precise de carne para que faça parte da culinária gaúcha. Da tradicionalíssima costela à contemporânea parrilla uruguaia, opera, no número 465 da rua Dr. Timóteo, em Porto Alegre, o restaurante Santo Antônio, um clássico que, agora, observa o mercado com um olhar moderno.Quem passa por ali, por exemplo, não identifica mais a famosa fachada amadeirada com detalhes em vermelho. Esse é o primeiro passo da estratégia de rebranding da quarta geração de proprietários, Fabrício e Rafael Aita. Os irmãos almejam, até 2035, ano em que o restaurante completa um século de existência, inovar em todos os setores, desde a louça até o plano de marketing e de vendas.
O churrasco não tem um único conceito. Há quem prefira o espeto, há os entusiastas da grelha, há, até, quem acredite que não precise de carne para que faça parte da culinária gaúcha. Da tradicionalíssima costela à contemporânea parrilla uruguaia, opera, no número 465 da rua Dr. Timóteo, em Porto Alegre, o restaurante Santo Antônio, um clássico que, agora, observa o mercado com um olhar moderno.

Quem passa por ali, por exemplo, não identifica mais a famosa fachada amadeirada com detalhes em vermelho. Esse é o primeiro passo da estratégia de rebranding da quarta geração de proprietários, Fabrício e Rafael Aita. Os irmãos almejam, até 2035, ano em que o restaurante completa um século de existência, inovar em todos os setores, desde a louça até o plano de marketing e de vendas.

Santo Antônio e Jornal do Comércio: décadas de história

O Santo Antônio já foi destaque no Jornal do Comércio diversas vezes. Há 30 anos, inclusive, o avô dos atuais proprietários, Caetano Aita, fez uma declaração que condiz com os preceitos da marca até hoje: “O mérito está em se renovar todos os dias”. A definição é um dos pilares que mantém o Santo Antônio firme, no mesmo endereço, por mais de oito décadas, e o que faz personalidades famosas, como os componentes da banda Red Hot Chili Peppers e Galvão Bueno, procurarem pelo local quando visitam Porto Alegre.
JOÃO PEDRO CECCHINI/ESPECIAL/JC

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A gastronomia entrou na vida da família a partir de uma benção do santo casamenteiro, que, futuramente, daria nome ao restaurante. Antônio Aita, da primeira geração de proprietários, estava prestes a dar adeus ao Rio Grande do Sul e ir para São Paulo. Mas, enquanto se despedia dos velhos amigos, encontrou Conchetta, um amor à primeira vista, e decidiu permanecer. Com influências importadas da Itália, os imigrantes começaram a empreender com comidas em viandas para ajudar no sustento da família. O casal, como conta Rafael, conquistou prestígio no segmento e foi convidado pelo governo do Estado para, num grandioso evento gastronômico, assar um churrasco em comemoração do centenário da Revolução Farroupilha, em 1935. Esse marco histórico mudou os caminhos do restaurante, e as carnes passaram a integrar o cardápio das viandas - o que justifica o slogan "cozinha italiana com alma gaúcha" -, com direito à nomenclatura popular de primeira churrascaria do Brasil.

De lá para cá, o Santo Antônio teve de se adaptar. A concorrência aumentou e os interesses do público mudaram. O cardápio, por exemplo, foi constantemente se modificando. No início, o carro-chefe era a clássica costela no espeto, item básico para um bom churrasco gaudério. Hoje, é claro, essa iguaria não deixa de ser uma opção para a clientela, no valor de R$ 99,00, mas recebe a companhia de outros cortes no menu, como o assado de tira, entrecot e prime rib, tendências platinas assadas na grelha. O cardápio também conta com adaptações dos pratos para clientes veganos, vegetarianos e pescetarianos.

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santoantonio/divulgação/JC


Fabrício e Rafael desejam explorar inovações nos diferentes braços do negócio. Além da reforma geral, a promessa de dar uma nova cara ao restaurante vincula-se à comercialização de novos produtos, um formato que migra do serviço padrão de uma churrascaria para o de uma casa de carnes.

"Tem que visar o marketing, o financeiro, o RH e todas as outras áreas do restaurante", conta Rafael, que acredita que a gestão de todos os níveis do negócio é tão importante quanto atender bem ao cliente e servi-lo com comida de qualidade.

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Com esse pensamento, o restaurante Santo Antônio opera de segunda-feira a domingo, das 11h às 15h30min, no almoço, e das 18h30min às 23h no jantar.