Após a derrota de sábado (23) para o Cruzeiro, a diretoria do Inter preferiu se manifestar pouco sobre a situação do técnico Roger Machado. Único a se pronunciar, o diretor executivo André Mazzuco afirmou que o clube segue confiante no trabalho do treinador. No entanto, uma reação já neste domingo (31), às 20h30min, contra o Fortaleza, é vista como fundamental para que o comandante siga à frente do Colorado.
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No Inter, Roger tem um dos seus trabalhos mais longevos, atrás apenas do período em que esteve à frente do Bahia, por 519 dias e sua primeira passagem no rival, onde ficou por 477 dias. O treinador chegou ao Beira-Rio respaldado pelo bom trabalho no Juventude. À frente do Papo, despachou a equipe comandada por Eduardo Coudet em duas ocasiões: na semifinal do Gauchão e na 3ª fase da Copa do Brasil.
Em sua segunda partida comandando o Alvirrubro, o treinador já sofreu uma eliminação. Em casa, contra o Rosário Central, ficou apenas no empate e não conseguiu reverter o 1 a 0 sofrido por seu antecessor na Argentina, dando adeus à competição. Já no Brasileiro, seu impacto foi sentido quase que instantaneamente.
Quando assumiu, o Inter estava em 13º na competição, com 19 pontos. Após a arrancada inicial, chegou a ser tratado como postulante ao título pelos torcedores mais fanáticos. Mas a distância para o então líder Botafogo se mostrou grande demais. Com a taça inalcançável, passou a mirar a classificação para a Libertadores. O que conseguiu sem maiores dificuldades.
Após a derrota para o Atlético-GO, encaixou 16 jogos invictos, com direito a 12 vitórias. Voltou a perder apenas na antepenúltima rodada para o Flamengo. Já garantido na Libertadores ainda pôde poupar titulares nos dois últimos jogos, o que resultou em duas derrotas, que pouco importaram para a temporada.
No começo deste ano ainda viveu uma lua de mel com os torcedores ao conquistar pela primeira vez em oito anos o título do Campeonato Gaúcho. Agora, Roger precisa voltar a encontrar os bons resultados, e a arrancada do ano passado é usada como uma prova de que pode colocar o time nos eixos.
Para o final de semana a grande aposta é Carbonero. O atacante, que é visto como um amuleto, vai poder atuar por mais tempo. Nas últimas duas vezes em que esteve em campo não participou de mais do que 30 minutos.
Em meio a especulações quanto a uma possível saída, a diretoria tomou a decisão de não vender o zagueiro Vitão. O jogador vinha sendo sondado antes da partida contra o Flamengo pela Libertadores e sua permanência só era garantida caso o clube avançasse.