Sob chuva e uma frente fria para mudar o clima do Estado, o Beira-Rio se prepara para receber os mais de 40 mil colorados mobilizados pelo que é tratado como jogo do ano para o Inter. É bem verdade que o posto pode perder força na sequência da temporada, mas até aqui, o confronto com o Bahia, às 19h, pela 6ª e última rodada do Grupo F da Libertadores, é o que vale a vida na competição mais importante do Continente.
Em 2º na chave com oito pontos, o time do técnico Roger Machado tem um a mais que o Tricolor de Aço e, mesmo dependendo apenas de um empate para garantir a vaga às oitavas, sabe do perigo do jogo. Na outra partida, o Atlético Nacional, líder com nove pontos, visita o Nacional, já eliminado, em Montevidéu, no mesmo horário.
Com a casa cheia, não é de se esperar os gaúchos sentados na vantagem e sem a proposição do jogo. Por isso a desconfiança do torcedor com a provável utilização do esquema com três volantes. É bem verdade que Roger já falou e repetiu que, na sua concepção, Thiago Maia e Bruno Henrique exercem a função de meias, à frente de Fernando. No papel e na carreira, são todos volantes, mas os dois adiantados se propõem a aproximar do ataque e abrir espaço para os laterais avançarem. Para que os três estejam em campo, Gustavo Prado retorna ao banco de reservas.
Mas o grande alento, por outro lado, está na presença de Borré após pouco mais de um mês fora por lesão. Ele sentiu a posterior da coxa direita contra o Juventude, no dia 26 de abril, e mesmo sem a condição física ideal, está cotado para começar entre os titulares, que devem contar com Anthoni; Aguirre, Vitão, Juninho e Bernabei; Fernando, Bruno Henrique e Thiago Maia; Alan Patrick, Wesley e Borré.
A preparação se encerrou nesta terça, no CT Parque Gigante. O centroavante colombiano é a novidade do departamento médico, enquanto Vitinho voltou a integrar o grupo contra o Sport, no domingo. Valencia, Carbonero, Victor Gabriel e Rochet só atuam depois da parada para o Super Mundial de Clubes. O meia Gabriel Carvalho, já vendido para o futebol árabe, deve sobrar da lista de relacionados.
O Bahia, por sua vez, só sai vivo de Porto Alegre se vencer. E o técnico Rogério Ceni precisa recuperar a confiança de uma equipe que, quando virou o turno, era líder do grupo com sete pontos, mas perdeu para Nacional, do Uruguai — lanterna —, e Atlético Nacional, da Colômbia — líder — e está em vias de ser eliminada. O time de Salvador deve ser formado por Marcos Felipe; Gilberto, David Duarte, Ramos Mingo e Luciano Juba; Caio Alexandre, Jean Lucas, Cauly e Éverton Ribeiro; Erick Pulga e Lucho Rodriguez.