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Publicada em 04 de Março de 2024 às 17:41

Palmeiras acusa diretoria do SPFC de xenofobia e desrespeito contra Abel

Júlio Casares, presidente do São Paulo, acusou Abel de apitar os jogos do paulistão

Júlio Casares, presidente do São Paulo, acusou Abel de apitar os jogos do paulistão

Marcos Ribolli/Divulgação/JC
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Folhapress
Após o empate em 1 a 1 no Choque-Rei de domingo (3), o Palmeiras soltou uma nota oficial acusando o diretor de futebol Carlos Belmonte, do São Paulo, de xenofobia contra o técnico Abel Ferreira. O clube afirma estudar as medidas legais cabíveis. O dirigente foi flagrado xingando Abel de "português de merd*". A frase foi dita durante confusão entre a delegação do tricolor paulista e a arbitragem, no túnel do vestiário, após o jogo.
Após o empate em 1 a 1 no Choque-Rei de domingo (3), o Palmeiras soltou uma nota oficial acusando o diretor de futebol Carlos Belmonte, do São Paulo, de xenofobia contra o técnico Abel Ferreira. O clube afirma estudar as medidas legais cabíveis. O dirigente foi flagrado xingando Abel de "português de merd*". A frase foi dita durante confusão entre a delegação do tricolor paulista e a arbitragem, no túnel do vestiário, após o jogo.
O diretor ainda xinga o árbitro Matheus Delgado Candançan e acusa Abel de "apitar o jogo". A polícia precisou intervir para conter dirigentes e jogadores são-paulinos que partiam para cima da arbitragem.
"Safado do caralh*! O Abel apitou para vocês, este português de merd*", disse Belmonte, em vídeo revelado pelo 'ge'.
O presidente Julio Casares também acusou Abel de apitar o jogo em entrevista após a partida. O mandatário repudiou a arbitragem, disse que Calleri foi xingado por um dos assistentes e acusou o auxiliar de Abel, João Martins, de rir ironicamente de toda a situação.
ÍNTEGRA DA NOTA DO PALMEIRAS
"A Sociedade Esportiva Palmeiras estuda as medidas legais cabíveis contra o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, flagrado xingando de forma xenófoba o técnico Abel Ferreira após o jogo deste domingo (3), no Morumbis. Não há justificativa para as palavras baixas e preconceituosas escolhidas pelo dirigente são-paulino com o intuito de depreciar um profissional íntegro e vitorioso, que vive no Brasil há mais de três anos.
O Palestra Italia nasceu pelas mãos de imigrantes que resistiram à intolerância para que o clube não morresse. A nossa história foi construída com o amor e a dedicação de jogadores, profissionais e torcedores de diferentes nacionalidades e etnias, sem distinção. Repudiamos, portanto, qualquer tipo de discriminação, quanto mais ofensas que incitem a aversão a estrangeiros.
Não é segredo que o futebol brasileiro atravessa um momento perigoso, com casos cada vez mais frequentes de violência, como o brutal ataque ao ônibus da delegação do Fortaleza, há menos de duas semanas, e a morte de um torcedor em Belo Horizonte (MG), no último sábado (2). Neste cenário complexo e desafiador, cabe a quem comanda o compromisso com a responsabilidade, não com o ódio.
Desse modo, lamentamos também a postura do presidente do São Paulo, Júlio Casares, que, em um pronunciamento raivoso na zona mista do estádio, desrespeitou gratuitamente o técnico Abel Ferreira. Trata-se de um comportamento inadequado e incompatível com quem ocupa um cargo de tamanha relevância. O desequilíbrio, a insensatez e a histeria somente potencializam a violência que todos, juntos, deveríamos combater.
Reiteramos que estamos analisando as medidas judiciais cabíveis para proteger o nosso treinador e o próprio Palmeiras."

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