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INTER

- Publicada em 21 de Agosto de 2023 às 20:17

Diante do Bolívar, Inter quer voltar a vencer na altitude após 12 anos

Colorado não vence na altitude há cinco jogos; time atual vai tentar quebrar essa sequência

Colorado não vence na altitude há cinco jogos; time atual vai tentar quebrar essa sequência


Divulgação/Inter/JC
O Inter enfrenta o Bolívar às 19h desta terça-feira (22), no Estádio Hernando Siles, em La Paz, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa Libertadores. Além da dificuldade comum à esta fase do torneio continental e da pressão da torcida adversária, os comandados por Eduardo Coudet também precisarão superar um incômodo tabu se quiserem voltar com uma vitória para Porto Alegre. O Colorado não vence uma partida disputada na altitude há 12 anos e já soma cinco partidas sem triunfar nessas circunstâncias.
O Inter enfrenta o Bolívar às 19h desta terça-feira (22), no Estádio Hernando Siles, em La Paz, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa Libertadores. Além da dificuldade comum à esta fase do torneio continental e da pressão da torcida adversária, os comandados por Eduardo Coudet também precisarão superar um incômodo tabu se quiserem voltar com uma vitória para Porto Alegre. O Colorado não vence uma partida disputada na altitude há 12 anos e já soma cinco partidas sem triunfar nessas circunstâncias.
Na ocasião, pela fase de grupos da Copa Libertadores de 2011, os gaúchos superaram o Jorge Wilstermann, também da Bolívia, mas da cidade de Cochabamba, por 4 a 1, com gols de Brown (contra), Leandro Damião, Zé Roberto e Kléber. A altitude naquele jogo era de 2.558 metros, uma elevação inferior aos 3.625 metros que o Inter enfrentará em La Paz.
Na capital boliviana, os colorados já jogaram em outras três oportunidades: em 2012 e 2015 contra o The Strongest e, em 2022, contra o Always Ready. O retrospecto não é nada favorável, com duas derrotas (por 2 a 0 e 3 a 1) e um empate (em 1 a 1).
Para os pessimistas, a má notícia é que na última vez em que o Inter enfrentou um clube que joga na altitude no mata a mata de um torneio continental acabou sendo eliminado. No ano passado, contra o Melgar, em Arequipa (2.335m), os brasileiros ficaram no zero a zero contra os peruanos e no jogo de volta acabaram sendo eliminados nos pênaltis, no Estádio Beira-Rio.
Já os otimistas podem se agarrar no fato de que, nas duas edições em que o Inter conquistou a América, precisou enfrentar a altitude em algum momento do torneio. Em 2006, na fase de grupos, os comandados à época por Abel Braga venceram o Pumas, na Cidade do México (2.250m), por 2 a 1 e, posteriormente, nas quartas de final, perderam para a LDU, em Quito (2.850m), também por 2 a 1. Em 2010, a capital equatoriana foi novamente visitada, e o os colorados empataram em 1 a 1 com o Deportivo Quito, na fase de grupos.
Na análise geral, o Colorado acumula seis derrotas, dois triunfos e três empates em partidas realizadas com este cenário. Esse histórico, somado ao alto aproveitamento do Bolívar como mandante nesta edição do torneio - no Hernando Siles, os bolivianos obtiveram 4 vitórias em 4 jogos, com 9 gols marcados e apenas 2 sofridos - têm tirado o sono do torcedor colorado.
Mas não é só o Inter que costuma apresentar dificuldades na altitude. Ao longo dos últimos anos, se tornou comum ver as equipes brasileiras sofrendo revezes (muitas vezes para clubes inferiores tecnicamente) por conta das consequências das elevadas alturas ao corpo humano.
De acordo com Liana Corrêa, pneumologista do hospital São Lucas da PUCRS, as alterações corporais se dão pela baixa pressão atmosférica, que diminui a quantidade de oxigênio e gera uma sensação parecida com a de uma virose. “Os atletas acabam tendo um desequilíbrio, que pode causar tontura, dor de cabeça, náusea, vômitos e outros sintomas típicos de doenças virais.” Liana ressalta que a melhor forma de driblar essa sensação é mantendo um alto nível de hidratação, já que as pessoas tendem a perder muito liquido forçando a respiração para compensar a falta de oxigênio, mas destaca que cada corpo reage de uma forma única.
Desafiando o próprio retrospecto, o Inter entrará em campo nesta terça-feira (22), para enfrentar o Bolívar pela ida das quartas de final da Libertadores. Voltar para o Brasil com um empate pode ser considerado um bom resultado, visto que os bolivianos têm apresentado muita dificuldade jogando fora de casa – nessa edição da competição, obteve apenas uma vitória em quatro jogos. A bola rolará as 19h (de Brasília).

Todos os jogos do Inter na altitude

2006 - Cidade do México – 2.250 m - Pumas 1 x 2 Inter - Copa Libertadores (Fase de grupos)
2006 - Quito - 2.850 m - LDU 2 X 1 Inter - Copa Libertadores (quartas de final)
2007 - Pachuca (México) - 2.395 m- Pachuca 2 x 1 Inter - Recopa Sul-Americana (final)
2009 - Quito - 2.850 m - LDU 3 X 0 Inter- Recopa Sul Americana (final)
2010 - Quito - 2.850 m - Deportivo Quito 1 x 1 Inter - Copa Libertadores (Fase de grupos)
2011 - Cochabamba - 2.558 m - Jorge Wilstermann 1 x 4 Inter - Copa Libertadores (Fase de grupos)
2012 - La Paz - 3.625 m - The Strongest 1 x 1 Inter - Copa Libertadores (Fase de grupos)
2015 - La Paz - 3.625 m - The Strongest 3 x 1 Inter - Copa Libertadores (Fase de grupos)
2015 - Bogotá - 2.640 m - Bogotá - Santa Fé 1 x 0 - Copa Libertadores (Quartas de final)
2021 - La Paz - 3.625 m - Always Ready 2 x 0 Inter - Copa Libertadores (Fase de Grupos)
2022 - Arequipa - 2.335 m - Melgar 0 x 0 Inter - Copa Sul Americana (quartas)
2023 - La Paz - 3.625m - Bolívar x Inter - Copa Libertadores (quartas) - nesta terça-feira (22)