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JC 90 anos

Prêmio Destaques do Ano

- Publicada em 29 de Maio de 2023 às 17:58

Planta de etanol da Be8 deve entrar em operação no segundo semestre de 2024

O presidente da Be8, Erasmo Carlos Battistella, recebeu do JC o Prêmio Destaques do Ano na categoria "Energia"

O presidente da Be8, Erasmo Carlos Battistella, recebeu do JC o Prêmio Destaques do Ano na categoria "Energia"


EVANDRO OLIVEIRA/JC
Está prevista para a segunda metade do próximo ano o início das operações da usina produtora de etanol e farelos a partir do processamento de cereais (milho, trigo, triticale, arroz, sorgo, entre outros) que a Be8, antiga BSBIOS, implantará em Passo Fundo. O empreendimento deve absorver um investimento de R$ 556 milhões.
Está prevista para a segunda metade do próximo ano o início das operações da usina produtora de etanol e farelos a partir do processamento de cereais (milho, trigo, triticale, arroz, sorgo, entre outros) que a Be8, antiga BSBIOS, implantará em Passo Fundo. O empreendimento deve absorver um investimento de R$ 556 milhões.
Quando concluída, a unidade vai processar cerca de 1,5 mil toneladas ao dia de cereais e deve representar um incremento de R$ 1,3 bilhão em faturamento anual para o ECB Group (controlador da Be8), gerando 143 novos empregos diretos e aproximadamente 1 mil indiretos. O presidente da Be8, Erasmo Carlos Battistella, detalha que a planta será flexível para a produção de etanol anidro (que pode ser adicionado na gasolina) ou hidratado (consumo direto) e terá capacidade de 220 milhões de litros de etanol.
Ele acrescenta que a ideia é também oferecer ao mercado o farelo oriundo da produção do etanol. Conhecido como DDGS (Distiller’s Dried Grains with Solubles) ou Grãos Secos de Destilaria com Solúveis (em português), obtido imediatamente após o processo fermentativo de produção do álcool. “É um importante coproduto do processo de fermentação de grãos, com grande potencial de utilização para produção de rações animais destinadas à cadeia de produção de alimentos”, comenta. Com o complexo, serão produzidas 155 mil de toneladas por ano de farelo para a cadeia de proteína animal.
A unidade contará ainda com a autoprodução de energia elétrica com cogeração à biomassa (matéria orgânica) e a oferta de energia excedente será disponibilizada na rede de distribuição do município. Não haverá lançamento de efluentes líquidos, que serão utilizados para produção de vapor no processo de produção. Battistella destaca que a unidade vai processar cerca de 1,5 mil toneladas ao dia de cereais de inverno (trigo e triticale, principalmente).
Quanto ao mercado que será destinado o álcool produzido pela nova unidade, o presidente da Be8 recorda que o Rio Grande do Sul é “importador” de etanol de outras regiões do Brasil. Atualmente, o Estado importa 99% de sua demanda de etanol e a nova fábrica deverá suprir 23% dessa necessidade. “E nós, que estamos na cadeia produtiva, com esse investimento, vamos ampliar nossa capacidade de produção de biocombustíveis aqui na Região Sul, aderindo ao Pró-Etanol (programa estadual de apoio à cadeia desse produto)”, frisa o dirigente.
Além do novo mercado que se abre na área do álcool, a empresa já possui vasta experiência com outro biocombustível: o biodiesel. Nesse campo, Battistella enfatiza que a mudança estrutural no modelo de comercialização de biodiesel que entrou em vigor em 2022 foi um fator positivo, com a substituição dos leilões públicos pela contratação direta entre distribuidores e produtores. “Nessa nova dinâmica de mercado, que confere mais autonomia na negociação das condições comerciais, estamos apresentando um ótimo desempenho”, frisa.
Segundo o executivo, em 2023 a Be8 seguirá concentrada no seu crescimento no Brasil, em países da América Latina e outras regiões. O faturamento consolidado da empresa em 2022 foi de R$ 9,6 bilhões, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Quanto à produção, a companhia se manteve líder do setor no Brasil com um market share de 14,24% e uma produção de 889.114 metros cúbicos (889 mil litros) de biodiesel.

Nova marca relaciona empresa a energias renováveis

Em abril deste ano, quando atingiu sua “maioridade” completando 18 anos de existência, a BSBIOS resolveu mudar de nome assumindo a identidade de Be8. A nova marca, conforme o presidente da empresa, Erasmo Carlos Battistella, reflete a crença da companhia no poder das energias renováveis como um agente transformador do mundo, auxiliando na criação de um planeta mais verde e sustentável.
“É legado para as próximas gerações e para o futuro sustentável do planeta”, diz Battistella. De acordo com ele, a Be8 traz a ressignificação do “B” de BSBIOS, transformando-o no verbo “to be”, em inglês, que significa “ser/estar”. O resultado, salienta o executivo, é uma marca global feita para ser assimilada em diversos países, culturas e línguas onde a Be8 atua.
A identidade visual adiciona ação e movimento que são as marcas deste novo momento da empresa. Também inclui o número oito, que tem como simbologia o infinito, originado da circularidade presente nas ações e estratégias da companhia ao longo dos anos. Comprovando que a empresa gaúcha está alinhada com as tendências globais de energias renováveis, a Be8 submeteu uma proposta no leilão de hidrogênio do governo da Alemanha para comercializar a amônia verde, que será produzida por sua biorrefinaria em construção no Paraguai.