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Publicada em 23 de Junho de 2025 às 17:39

Empresa catarinense de semicondutores vai implementar centro de P&D no RS

Governo do Rio Grande do Sul assinou acordo de comperação com o fundador da Chipus, Murilo Pessatti (e), nesta segunda-feira em São Paulo

Governo do Rio Grande do Sul assinou acordo de comperação com o fundador da Chipus, Murilo Pessatti (e), nesta segunda-feira em São Paulo

Mauricio Tonetto/Secom/JC
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Flávia Mantovani
* De São Paulo, especial para o JC
* De São Paulo, especial para o JC
O governo do RS assinou nesta segunda-feira, 23 de junho, em São Paulo, um acordo de cooperação com a empresa de semicondutores catarinense Chipus para implementar um centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) na área de projetos de circuitos integrados no Rio Grande do Sul.
Fundada em 2008, a Chipus tem sede em Florianópolis (SC). A parceria foi firmada com a Secretaria Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, durante a inauguração do novo escritório da Invest RS, agência de fomento de negócios do Estado, na capital paulista.
O acordo está em fase inicial e ainda não foi decidido onde ficará a sede do centro — provavelmente, na Região Metropolitana de Porto Alegre, segundo Murilo Pessatti, fundador da empresa e diretor da Associação Brasileira de Semicondutores. Ele prevê que levará ao menos um ano para a concretização do projeto, que envolverá universidades da região, e diz que o foco será em "computação escalável".
"Hoje em dia, inteligência artificial pode significar muitas coisas. Mas, quando falamos de componentes de hardware, o que se busca é escalar o nível computacional para conseguir implementar modelos de IA", explica. "Esse centro vai unir algumas tecnologias que são determinantes na área de projetos de circuitos integrados e encapsulamento avançado", acrescentou.
Pessatti diz que a área de circuitos integrados demanda muito investimento em pesquisa e desenvolvimento, e que a escolha pelo Rio Grande do Sul se deu pela experiência do Estado no setor. "O momento atual não só no Brasil, mas no mundo, é de muitas oportunidades para a cadeia de suprimentos de semicondutores. Mas é uma área complexa de se entender e de fazer uma parceria a seis mãos, envolvendo indústria, governo e universidades. Entendo que o RS é onde esse centro tem melhor chance de prosperar", afirma.

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