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Publicada em 08 de Agosto de 2024 às 17:36

Conjuntura econômica, inflação e taxa de juros

Editorial

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve em julho a projeção de crescimento de 3,2% para o Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2024.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve em julho a projeção de crescimento de 3,2% para o Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2024.
Diversos países ainda tentam se recuperar do choque causado pela Covid-19, que levou à maior crise econômica global em mais de um século. Nesse processo, nas nações que compõem as 10 principais economias mundiais, as taxas de juros ainda não conseguiram se acomodar.
As taxas de juros podem variar devido a diversos fatores. Um deles é, justamente, a conjuntura econômica, que leva em conta os efeitos da Covid-19 e as consequências da guerra na Ucrânia e do conflito entre Israel e o Hamas.
Nesta semana, a reação turbulenta dos mercados internacionais ocorreu pelo temor de uma recessão nos EUA e da mudança do Banco do Japão para uma postura mais propensa a aumento das taxas de juros.
No Brasil, 8ª economia mundial, de agosto de 2023 - Selic em 13,25% - até maio de 2024, em todas as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central houve cortes na taxa. Um cenário que estimula o consumo, pressionando a inflação para cima. Por isso, em junho e julho, a taxa de 10,5% foi mantida.
Agora, o Copom subiu o tom e afirmou que pode aumentar a taxa básica Selic. A ata da última reunião destacou os impactos de variáveis como o dólar, além das expectativas de alta da inflação e do cenário externo adverso e incerto.
Na Zona do Euro - 20 nações -, o Banco Central Europeu (BCE) considerou exagerada a reação dos mercados financeiros mundiais ao risco de recessão norte-americana. O bloco de união monetária tem três nações na lista de maiores economias mundiais: Alemanha (3°), França (7°) e Itália (9°).
Por lá, com as perspectivas sobre a inflação melhorando paulatinamente, a taxa de juros foi reduzida em junho para 3,75%, a primeira baixa desde 2019.
Já o Japão - 4ª economia mundial - elevou a taxa de juros pela segunda vez em quatro meses. Primeiro passou de 0% (patamar que estava há 17 anos) para 0,1% e, agora, para 0,25%. E novos aumentos não estão descartados.
No Reino Unido - 6ª economia mundial -, atualmente, os juros estão em 5,25%, apesar de a inflação ter atingido a meta de 2%.
Ou seja, as 10 maiores economias globais ainda têm muito a processar para que de fato suas taxas de juros se acomodem, algo que pode se estender até 2026. E no Brasil, o desafio é ainda maior, já que a taxa de juros real - 6,79% ao ano - é a segunda maior do mundo.
 

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