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Publicada em 05 de Novembro de 2025 às 20:41

RD Summit 2025 discute papel da Inteligência Artificial na transformação dos negócios

Primeiro dia de evento foi de palcos lotados e uma programação voltada à inteligência artificial

Primeiro dia de evento foi de palcos lotados e uma programação voltada à inteligência artificial

Dani Andrade/RD Summit/Divulgação/JC
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Giovanna Sommariva
Giovanna Sommariva Editora Assistente
De São Paulo
De São Paulo
Com início nesta quarta-feira (5), o RD Summit 2025 reuniu cerca de 20 mil participantes no primeiro dia de evento, que segue até sexta (7), no Expo Center Norte, em São Paulo. Promovido pela RD Station, unidade de negócios da TOTVS, a edição deste ano tem como tema "Conexões que fortalecem negócios" e uma programação extensa voltada, principalmente, para a Inteligência Artificial (IA) e seu impacto na transformação dos negócios.
Durante conversa com jornalistas, Gustavo Avelar, vice-presidente da RD Station, defendeu que a IA deve ser usada de forma progressiva e responsável. “A IA muda a forma como interagimos com as ferramentas, como pensamos dados e como tomamos decisões”, define. “Estamos diante de uma tecnologia não determinista, em que o resultado é variável. É preciso entender que há riscos, e por isso avançamos com cuidado e em etapas, sempre medindo o retorno do que está sendo feito”, afirma.
O cofundador e CTO da RD Station, Bruno Ghisi, ressaltou que o momento ainda é de aprendizado para o mercado. “Todos ainda estão descobrindo como usar essas ferramentas. Há avanços diários, e cada empresa precisa testar, errar e ajustar o caminho. É um processo de amadurecimento que está apenas começando”, considera.
A RD Station aproveitou o primeiro dia de evento para anunciar novidades na empresa, como a Rê da RD, um copiloto de inteligência artificial presente em todos os produtos da marca, que irá auxiliar os usuários em toda operação do produto e análise de dados. “É um dos maiores lançamentos aqui do Summit. É um risco um pouco maior ter um copiloto presente em todos os nossos produtos, mas ainda sem operar efetivamente o produto para o nosso usuário”, explica Avelar.
Outra inovação anunciada foi o MCP (Model Context Protocol), uma nova tecnologia que permite conectar ferramentas de Inteligência Artificial (como copilotos e assistentes virtuais) aos dados de produto, facilitando a automatização de tarefas, análise de resultados e tomada de decisão. “A IA na RD tem a missão de transformar todo usuário em um superusuário do nosso produto”, define. 
Todos os investimentos em Inteligência Artificial e automatização de processos, de acordo com Avelar, são pensados justamente para “liberar” as equipes de processos extensos e permitir que elas passem mais tempo fortalecendo o relacionamento humano com o cliente. 
A IA serve para empoderar seres humanos e não para substituí-los ou ameaçá-los. Estamos investindo em inteligência artificial para habilitar saltos de produtividade, liberando os times para a estratégia”, explica.
A capacitação dos profissionais foi outro ponto enfatizado pelos empresários. Segundo Ghisi, a compreensão do funcionamento e das limitações da IA é essencial para evitar interpretações equivocadas sobre o papel da tecnologia. “É um trabalho de desmistificação. A IA não substitui o humano, mas amplia sua capacidade de entregar valor”, define.
Avelar também observou que a Inteligência Artificial pode ser um instrumento de democratização tecnológica, especialmente para pequenas e médias empresas. “A IA pode ajudar justamente quem não tem grandes orçamentos de marketing. Ela permite criar, analisar e adaptar estratégias com mais rapidez e menos custo.”
O futuro, acredita Ghisi, aponta para o desenvolvimento de agentes autônomos, capazes de agir de forma proativa em nome do usuário. “O futuro é de colaboração entre humanos e sistemas inteligentes. Não é sobre substituir pessoas, mas sobre liberar tempo e energia para que elas possam criar e decidir melhor”, acrescenta.

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