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Publicada em 14 de Outubro de 2025 às 17:10

Tradener espera começar obras de parque eólico no RS em 2026

Empreendimento prevê investimento de cerca de R$ 600 milhões

Empreendimento prevê investimento de cerca de R$ 600 milhões

TÂNIA MEINERZ/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Se tudo transcorrer dentro do previsto, a empresa Tradener tem como meta iniciar a construção do complexo eólico Chicolomã em meados do próximo ano. O CEO da companhia, Guilherme Avila, detalha que o empreendimento, que ficará localizado nas proximidades da Lagoa dos Barros, entre Santo Antônio da Patrulha e Osório, deverá ser dividido em quatro Sociedades de Propósito Específico (SPEs).
Se tudo transcorrer dentro do previsto, a empresa Tradener tem como meta iniciar a construção do complexo eólico Chicolomã em meados do próximo ano. O CEO da companhia, Guilherme Avila, detalha que o empreendimento, que ficará localizado nas proximidades da Lagoa dos Barros, entre Santo Antônio da Patrulha e Osório, deverá ser dividido em quatro Sociedades de Propósito Específico (SPEs).
Essa prática é normalmente utilizada pelos investidores do setor elétrico pois, ao diminuir a potência em usinas menores que compõem um projeto maior, é possível conseguir o benefício de desconto no uso do sistema de transmissão de energia. A partir do começo das obras, a expectativa é que leve cerca de 24 meses para concluir o parque eólico.
A estrutura terá uma potência instalada de 93 MW (o que corresponde a aproximadamente 2,5% da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul) e deve absorver em torno de R$ 600 milhões em investimentos. Avila comenta que as atuais dificuldades de escoamento de energia na região Nordeste do País têm aumentado a competitividade de projetos de geração de energia a serem construídos no Sul do Brasil.
No entanto, particularmente quanto ao empreendimento Chicolomã, ele ressalta que a confirmação da iniciativa depende de algumas questões como, por exemplo, a venda da energia. O executivo assinala que ainda não foi batido o martelo sobre qual será o ambiente de comercialização. Porém, uma das possibilidades é a da autoprodução, em que o consumidor utiliza a geração para atender a sua própria demanda. “Temos recebido muitos empreendedores interessados em entrar no projeto nesse regime”, diz Avila.
Ele enfatiza que a companhia deseja ampliar a presença comercial no Rio Grande do Sul e uma prova disso é a participação na Mercopar, feira de inovação industrial que acontece em Caxias do Sul até sexta-feira (17). Recentemente, a empresa também obteve o registro de autorização do Estado do Rio Grande do Sul para atuar na comercialização de gás natural em todo o território gaúcho. A Tradener hoje importa gás natural da Bolívia e vende para consumidores no Brasil.
Avila considera que o Rio Grande do Sul pode se tornar um mercado estratégico para o combustível. “Principalmente pelo fato de estar próximo da Argentina, que teve a importante descoberta de Vaca Muerta (reserva gigante de gás)”, aponta o dirigente. De acordo com ele, futuramente, é possível que um gasoduto seja construído dentro do Estado para trazer esse insumo originário da nação vizinha.

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