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Publicada em 09 de Setembro de 2025 às 18:35

Operação de embarcações será retomada em outubro no porto de Estrela

Complexo situado na beira do Rio Taquari está sendo recuperado, após enchentes ocorridas em 2024

Complexo situado na beira do Rio Taquari está sendo recuperado, após enchentes ocorridas em 2024

TÂNIA MEINERZ/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
A restauração total do terminal portuário de Estrela, danificado pela catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul no ano passado, deverá demorar mais um ano para ocorrer, calcula o secretário do Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade do município, Rafael Mallmann. No entanto, ele informa que a partir de outubro o complexo situado na beira do Rio Taquari voltará a operar principalmente com embarcações que movimentam areia.
A restauração total do terminal portuário de Estrela, danificado pela catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul no ano passado, deverá demorar mais um ano para ocorrer, calcula o secretário do Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade do município, Rafael Mallmann. No entanto, ele informa que a partir de outubro o complexo situado na beira do Rio Taquari voltará a operar principalmente com embarcações que movimentam areia.
“A expectativa, nessa retomada, é de atuar semanalmente com dois barcos. Antes era praticamente diária a movimentação”, diz Mallmann. A areia é utilizada pela indústria da construção civil da região e hoje está chegando ao Vale do Taquari por rodovias. O secretário detalha que os silos verticais do empreendimento já foram recuperados, porém admite que ainda há muito da estrutura portuária a ser reconstruída. “Estamos trabalhando agora para a recuperação de dois silos horizontais, além do pavilhão de carga geral, que foi completamente levado pelas águas”, salienta o dirigente.
De acordo com o secretário, os trabalhos estão sendo custeados com recursos da prefeitura e da empresa Nutritec (que opera no local com a movimentação de grãos). Sobre essa operação, Mallmann comenta que a companhia está fazendo a logística dos grãos por meio terrestre, sem utilizar por enquanto o modal aquaviário. Ele acrescenta que o equipamento que fazia o carregamento de cereais das embarcações foi destruído com a enchente. O secretário estima que será necessário investir em torno de R$ 12 milhões para recuperar plenamente o terminal.
Mallmann considera que, futuramente, a hidrovia do Mercosul (que ligará o Rio Grande do Sul ao Uruguai) sendo concretizada poderá favorecer o aumento da movimentação de cargas no porto estrelense, que ficará no extremo dessa ligação aquaviária. No entanto, ele ressalta que, antes desse cenário se tornar uma realidade, será preciso fazer a dragagem do restante das vias fluviais gaúchas, assoreadas pelas enchentes ocorridas em 2024. Outra medida que pode beneficiar o modal logístico, apontada pelo secretário, é aumentar o calado do Rio Taquari, que hoje é de cerca de 2,5 metros.

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