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Publicada em 28 de Agosto de 2025 às 15:19

Hidrelétrica Foz do Prata espera obter licença de instalação no começo de 2026

Presidente da Creral prevê operação da hidrelétrica até 2029

Presidente da Creral prevê operação da hidrelétrica até 2029

/CRERAL/DIVULGA??O/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
O maior projeto em potência instalada dos 65 que venderam energia em leilão destinado a empreendimentos hidrelétricos promovido na semana passada pelo governo federal é da cooperativa Creral, de Erechim. A usina Foz do Prata, que será construída no rio da Prata, entre os municípios de Veranópolis e Nova Roma do Sul, terá 49 MW de capacidade. O presidente da associação gaúcha, Alderi do Prado, estima que seja possível conseguir a licença ambiental de instalação do empreendimento, que já possui o licenciamento prévio, antes do final do primeiro semestre de 2026.
O maior projeto em potência instalada dos 65 que venderam energia em leilão destinado a empreendimentos hidrelétricos promovido na semana passada pelo governo federal é da cooperativa Creral, de Erechim. A usina Foz do Prata, que será construída no rio da Prata, entre os municípios de Veranópolis e Nova Roma do Sul, terá 49 MW de capacidade. O presidente da associação gaúcha, Alderi do Prado, estima que seja possível conseguir a licença ambiental de instalação do empreendimento, que já possui o licenciamento prévio, antes do final do primeiro semestre de 2026.
A potência prevista para a usina representa cerca de 0,9% da atual capacidade hidrelétrica instalada no Rio Grande do Sul, segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Prado salienta que, conseguindo a licença de instalação, a ideia é começar as obras da planta na segunda metade do próximo ano. “Agora (depois do resultado do leilão), mais do que nunca, o cronograma vai ser mantido”, enfatiza o dirigente.
Ele adianta que a meta é que o complexo entre em operação até o começo de 2029. Durante o tempo que irá operar antes da data prevista pelo contrato estabelecido em leilão (que é 1º de janeiro de 2030), a usina deverá comercializar energia no mercado livre (formado por consumidores de maior porte, que podem escolher de quem adquirir a geração).
No momento, o aporte calculado no complexo é de aproximadamente R$ 400 milhões. O presidente da Creral adianta que, futuramente, o orçamento pode ser afinado e haver mudanças nessas projeções, diminuindo o montante final desembolsado. Conforme Prado, as conversas sobre as possibilidades de mecanismos de financiamento já começaram a ser feitas. A expectativa de geração de empregos com as obras é de cerca de 300 postos de trabalho.
Além de Foz do Prata, a Creral participa, através de parcerias, em outros três projetos hidrelétricos que venderam energia no recente leilão. Essas usinas (Santo Cristo, Malacara e Gamba), todas a serem construídas em Santa Catarina, somam 41 MW e investimentos estimados em quase R$ 275 milhões. Com as quatro hidrelétricas, durante as duas décadas em que o contrato de fornecimento de energia irá vigorar, a cooperativa gaúcha deve obter uma receita bruta de aproximadamente R$ 3 bilhões. Somente Foz do Prata deve render uma cifra de cerca de R$ 1,6 bilhão.
Prado frisa que esses projetos serão o foco da cooperativa na área de geração nos próximos anos. “Mas claro que temos vários empreendimentos em carteira que a gente vai amadurecendo durante esse tempo, fazendo processos de licenciamento e de conexão (na rede elétrica)”, comenta o presidente da Creral. Ele adianta que isso significa que a cooperativa pode participar dos próximos leilões, porém com usinas a serem implementadas somente após 2029.
O presidente da cooperativa gaúcha comenta que ele esperava que o leilão da semana passada fosse até mais acirrado, devido ao fato de terem sido habilitados vários empreendimentos na disputa (241 projetos). No entanto, o dirigente ressalta que diversas dessas iniciativas acabaram apresentando problemas de conexão ao sistema de transmissão, o que facilitou o caminho das usinas da Creral, que conseguiram confirmar a venda de energia no certame.

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