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Publicada em 22 de Agosto de 2025 às 12:42

Leilão viabiliza mais de R$ 635 milhões em investimentos hidrelétricos no RS

Apenas projetos de usinas até 50 MW podiam participar da concorrência

Apenas projetos de usinas até 50 MW podiam participar da concorrência

Divulgação Abrapch/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
O leilão de energia realizado nesta sexta-feira (22) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) teve entre os projetos que garantiram a venda de suas gerações duas hidrelétricas de médio porte e cinco pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) gaúchas, que significarão um aporte de mais de R$ 635 milhões para serem construídas. Essas usinas somam uma capacidade instalada de cerca de 113 MW (o correspondente a aproximadamente 2% da potência hidrelétrica instalada hoje no Rio Grande do Sul).
O leilão de energia realizado nesta sexta-feira (22) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) teve entre os projetos que garantiram a venda de suas gerações duas hidrelétricas de médio porte e cinco pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) gaúchas, que significarão um aporte de mais de R$ 635 milhões para serem construídas. Essas usinas somam uma capacidade instalada de cerca de 113 MW (o correspondente a aproximadamente 2% da potência hidrelétrica instalada hoje no Rio Grande do Sul).
Dos empreendimentos a operarem no Rio Grande do Sul, foram bem-sucedidos no leilão as usinas Foz do Prata (no rio da Prata), Bugres (rio Santa Cruz), Forquilha II (rio Forquilha), Lixiguana (rios Turvo-Ituim), Fazenda Velha VTH (rio Turvo), Vale do Leite (rio Forqueta) e Saltinho (rio Ituim). O maior desses complexos, com 49 MW de potência, é o de Foz do Prata, que será desenvolvido pela cooperativa Creral, que tem sede em Erechim. O presidente da associação, Alderi do Prado, em recente entrevista ao Jornal do Comércio, adiantou que a meta é que a usina entre em funcionamento até o primeiro semestre de 2029.
A estrutura será implementada entre os municípios de Veranópolis e Nova Roma do Sul e o investimento atualmente previsto na iniciativa, de acordo com Prado, é em torno de R$ 400 milhões. No total do leilão, 65 usinas venderam energia no certame, o que representará um investimento de aproximadamente R$ 5,46 bilhões em diversos estados brasileiros. A capacidade instalada somada desses complexos será de 815,5 MW.
Podiam participar do certame PCHs, Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH) e usinas hidrelétricas (UHE) com potência inferior a 50 MW. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) cadastrou 241 projetos para concorrer na disputa, que somavam 2.999 MW de capacidade – um recorde em relação a empreendimentos hidrelétricos dessas categorias em leilões do gênero.
Em concorrências como a ocorrida nesta sexta-feira, empresas geradoras competem para vender energia elétrica para distribuidoras e comercializadoras, que a repassam aos consumidores finais. O Leilão A-5 (que significa até cinco anos para começar a entregar a geração) prevê que a energia vendida precisará começar a ser fornecida, no máximo, até 1o de janeiro de 2030 e o contrato de suprimento será de 20 anos.
Entre as iniciativas cadastradas, as CGHs (usinas que vão até 5 MW de potência) registraram 50 projetos (138 MW), as PCHs (estruturas de 5 MW a 30 MW de capacidade), 184 empreendimentos (2.592 MW), e as hidrelétricas, até 50 MW, sete projetos (269 MW). No total dos projetos inscritos no leilão, 23 eram do Rio Grande do Sul (três hidrelétricas, 12 PCHs e oito CGHs). Esses empreendimentos alcançavam uma capacidade instalada de 209 MW.
O recordista entre os estados foi Santa Catarina, com 54 iniciativas cadastradas, que significavam 522 MW de potência. O Custo Marginal de Referência que a energia começou a ser ofertada no leilão foi de R$ 411,00/MWh. No entanto, com o decorrer do certame esse valor caiu para R$ 403,88/MWh, um deságio de 3,16%.

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