Porto Alegre, qui, 06/11/25

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 12 de Agosto de 2025 às 21:25

Plano para conter efeitos do tarifaço terá linha de crédito de R$ 30 bilhões

Segundo o ministro da Fazenda, plano deve ser o necessário para atender os afetados

Segundo o ministro da Fazenda, plano deve ser o necessário para atender os afetados

Antonio Cruz/Agência Brasil/Divulgação/JC
Compartilhe:
Agências
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o plano de contingência para socorrer empresas brasileiras afetadas pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao País está "100% definido" e será apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (13). A cerimônia está marcada para as 11h30, no Palácio do Planalto.
LEIA TAMBÉM: Preço do café cai pela primeira vez depois de 18 meses, diz IBGE

"Texto está 100% definido", disse ele a jornalistas após participar de audiência na Comissão Mista da Medida Provisória 1.303/2025, que contém alternativas à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Segundo Haddad, o plano contempla as demandas do setor produtivo após reuniões com vários representantes e deve ser o necessário para atender os afetados. Ele disse ainda que as medidas serão custeadas via crédito extraordinário - ou seja, ficarão fora do limite de gastos do arcabouço -, mas serão contabilizadas no cálculo da meta fiscal.

A alíquota de 50% sobre produtos brasileiros imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passou a vigorar na última quarta-feira (6). O líder americano aplicou uma tarifa adicional de 40% sobre o País, que se somou à já anunciada tarifa recíproca de 10%.

A Casa Branca publicou uma lista de 694 itens que escaparam da sobretaxa adicional de 40%, incluindo importantes produtos da pauta de exportação brasileira aos EUA, como os aviões da Embraer, petróleo e suco de laranja. Já mercadorias como café, pescados, outras frutas e carne foram atingidos - e se mobilizam para conseguir ingressar na lista de exceções.

Medidas

Nesta segunda-feira (11), o ministro confirmou que a preservação de empregos está prevista na medida provisória (MP) do plano de contingência. No entanto, ele disse que há exceções, pois algumas empresas não poderão garantir os postos de trabalho, já que sofrerão um impacto muito grande em sua produção.

"A MP flexibiliza para alguns casos outros tipos de contrapartida", disse Haddad em entrevista à GloboNews. Ele afirmou que a medida trará "certa flexibilidade", visto que são afetados mais de 10 mil empregos.

Reunião com secretário dos EUA

Sobre a reunião com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, que ocorreria nesta quarta-feira (13), e foi desmarcada, Haddad disse: "Agora está com eles".

A agenda, informada por Haddad na semana passada, ocorreria por videoconferência e seria destinada a discutir o tarifaço de 50% imposto ao Brasil para os Estados Unidos. O titular da Fazenda disse ter recebido o e-mail informando do cancelamento da reunião com Bessent um ou dois dias depois que ele informou à imprensa sobre a reunião.

"Argumentaram falta de agenda, uma situação bem inusitada", afirmou Haddad, que disse ainda que a situação do Brasil é "completamente diferente" da de outros países, porque há no País uma força política que faz "uma espécie de 'antidiplomacia'". Segundo o ministro, a reunião foi desmarcada por causa de "forças de extrema direita."
Avalie esta notícia

Notícias relacionadas

Comentários

0 comentários