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Publicada em 01 de Julho de 2025 às 18:41

Internacionalização das indústrias é tido como caminho para desenvolvimento do Estado

Assunto foi tema da 1ª edição do Inspire Export, promovido pela Fiergs

Assunto foi tema da 1ª edição do Inspire Export, promovido pela Fiergs

Leonardo Dalla Porta/Fiergs/JC
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Cássio Fonseca
Cássio Fonseca
Os US$ 21,9 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões na cotação atual) faturados pela indústria gaúcha com exportação em 2024 indicam que o caminho da internacionalização das empresas é próspero para o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul. O montante é, em valores nominais, o terceiro maior desde o início da série histórica, em 1997. O coordenador do Conselho de Comércio Exterior (Concex) do Sistema Fiergs, Aderbal Lima, defende essa linha na primeira edição do Inspire Export, evento promovido pela entidade nesta terça-feira (1º), em sua sede na Capital.
Os US$ 21,9 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões na cotação atual) faturados pela indústria gaúcha com exportação em 2024 indicam que o caminho da internacionalização das empresas é próspero para o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul. O montante é, em valores nominais, o terceiro maior desde o início da série histórica, em 1997. O coordenador do Conselho de Comércio Exterior (Concex) do Sistema Fiergs, Aderbal Lima, defende essa linha na primeira edição do Inspire Export, evento promovido pela entidade nesta terça-feira (1º), em sua sede na Capital.
“Exportação não só é possível, como um passo estratégico e transformador para competitividade”, salienta Lima, que bate na tecla do fomento e da rivalidade sadia em cada setor. Ele destaca os importantes investimentos e avanços em indústrias renováveis e credita ao Estado um grande potencial e capacidade de expansão, “desde que continuemos somando competitividade e experiência”.
Segundo o coordenador, um dos fatores mais importantes é que “praticamente não exportamos commodities, e sim produtos com valor agregado”. Neste escopo, se encaixam influentes empresas de variados setores. O gerente de exportação Tramontina Multi, Nilvo Rauschkolb, exalta a importância da marca manter relações internacionais ativas. O melhor caminho está nas viagens às feiras e missões no exterior, explica.
Sobre a empresa, que está no mercado de exportações desde 1969, Rauschkolb conta que a inspiração internacional foi na indústria dos Estados Unidos. Lá, concluíram que ainda precisavam crescer e trouxeram produtos norte-americanos para nichos específicos. Um exemplo são as pás de neve, populares na América do Norte devido ao clima, mas aproveitadas em solo gaúcho pelo agronegócio.
No entanto, a consolidação fora do Brasil é, de acordo com os painelistas do evento, um processo que exige paciência. A agente de negócios da Vinícola Garibaldi, Mari Balsan, entende que a “exportação não é fácil, mas também não é difícil. É um trabalho árduo. Para começar a exportar, o principal ponto é que venha de cima. Se o dono não quer, não vai sair”.
A cooperativa está em 12 países em todos os continentes. Muito pela contribuição da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil). O representante da empresa vinculada ao governo federal no evento, Gabriel Isaacsson, diz que estão à disposição do empresariado brasileiro e prezam pela presença global do País por meio da exportação. O fomento, inclusive, tem como um dos principais institutos internacionalizar negócios que ainda não se expandiram para fora. Sediada em Brasília, a agência possui um escritório em cada região — no Sul, está em Porto Alegre — e 18 unidades em território estrangeiro.
Indústrias menores, portanto, também se consolidam através do fomento e das estratégias de ocupação geográfica. É o caso da Poker Sports, que domina o mercado de luvas para goleiros de futebol e traçou como objetivo a liderança na Libertadores da América. Dominante no Brasil, a marca focou a expansão na América do Sul, em parceria com o Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiergs, e no segundo ano dessa nova filosofia, conta com 5% do faturamento vindo da exportação, com a meta de chegar a 20%. Já a produção tem força na Ásia, com 50% do total.
A gerente de exportação da Cravo e Canela, adquirida em 2022 pela Gonçalves Calçados, Natália Schneider, comenta que é ”essencial para uma indústria que quer levar sua marca para fora contar com apoio de entidades”. Depois de uma perda de força no mercado internacional, a empresa, que antes terceirizava seu produto para outras marcas, adquiriu a companhia de calçados para "agregar valor e impulsionar a internacionalização", frisa Natália.

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