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Publicada em 30 de Maio de 2025 às 18:31

Fábrica de pellets em Pinheiro Machado aguarda licença de instalação

Empreendimento utilizará pellets para gerar energia a partir da queima de biomassa

Empreendimento utilizará pellets para gerar energia a partir da queima de biomassa

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Ana Stobbe
Ana Stobbe Repórter
O projeto de uma fábrica de pellets da Braspell Bioenergia, antiga Pellco Brasil, está finalizando seu processo licitatório para poder ser executado no município de Pinheiro Machado, na Região Sul do Estado. Com as licenças ambientais já obtidas, agora é aguardada a licença de instalação, etapa final para a liberação do empreendimento. "Está muito próximo. Estamos muito otimistas", garante o empresário Luiz Eduardo Batalha, responsável pela iniciativa.
O projeto de uma fábrica de pellets da Braspell Bioenergia, antiga Pellco Brasil, está finalizando seu processo licitatório para poder ser executado no município de Pinheiro Machado, na Região Sul do Estado. Com as licenças ambientais já obtidas, agora é aguardada a licença de instalação, etapa final para a liberação do empreendimento. "Está muito próximo. Estamos muito otimistas", garante o empresário Luiz Eduardo Batalha, responsável pela iniciativa.
Anunciada em 2021 com um investimento projetado de R$ 1,4 bilhão, a fábrica planeja utilizar cilindros de madeira compactada, chamados pellets, para geração de energia a partir da queima de biomassa. A ideia, porém, já é de longa data: Batalha afirma estar envolvido na iniciativa há nove anos. A execução atrasou devido à necessidade de adaptação do projeto às exigências ambientais europeias, que buscam utilizar as florestas plantadas para compensar a emissão de gases causadores do efeito estufa.
O projeto prevê o plantio de 45 mil hectares de florestas para o fornecimento de matéria-prima, além de uma usina termelétrica. Entretanto, é esperado que outros fornecedores entrem em campo. "Temos parceiros produtores de eucalipto, de pinus, de acácia negra, e vai ser um projeto muito grande", explica Batalha. Ele espera que, com o projeto em execução, outros produtores da Região Sul expandam seus negócios, apostando na silvicultura.
A perspectiva é compartilhada pelo presidente da Associação Gaúcha de Produtores de Florestas Plantadas (Agaflor), Mathias Almeida. "Eles já tem uma boa parte das florestas para começar a rodar o projeto deles mapeada. Se realmente sair do papel, que eu acho que vai andar, vai ser um boom para aquela região. Principalmente, se a gente considerar a silvicultura em áreas marginais que não iriam para a soja ou áreas das propriedades que tenham 50, 100 hectares para diversificar a fonte de renda", avalia Almeida.
Para Batalha, a aposta em bioenergia chega em um bom momento, junto ao anúncio do megaempreendimento Scala AI City, a "cidade dos data centers", que será instalada entre Eldorado do Sul e Charqueadas. Afinal, somente a primeira estrutura deverá processar até 54 MW de energia e é esperado que em até 20 anos, quando estiver operando em plena capacidade, o complexo chegue a 4,5 mil MW, o que corresponde a cerca de um terço da energia produzida em Itaipu, maior hidrelétrica do País. "Toda essa modernização consome energia e por isso que falo em energia renovável", afirma o empresário

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