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Publicada em 16 de Maio de 2025 às 19:03

Erechim tem 4,5 mil venezuelanos, haitianos e senegaleses empregados

Prefeito de Erechim, Paulo Polis observa boom de novas empresas e afirma que há mais de mil vagas de emprego abertas na cidade

Prefeito de Erechim, Paulo Polis observa boom de novas empresas e afirma que há mais de mil vagas de emprego abertas na cidade

Prefeitura de Erechim/Divulgação/JC
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Ana Stobbe
Ana Stobbe Repórter
Localizado no Norte do Estado, o município de Erechim tem crescido populacionalmente nos últimos anos. De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022 eram 105.705 habitantes. Já a estimativa do órgão realizada em 2024 apontou para 109.497 pessoas na cidade, que é a segunda mais populosa da região, atrás apenas de Passo Fundo. O crescimento acompanha o recente boom de empregos no município, principalmente nas áreas de indústria e serviços.
Localizado no Norte do Estado, o município de Erechim tem crescido populacionalmente nos últimos anos. De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022 eram 105.705 habitantes. Já a estimativa do órgão realizada em 2024 apontou para 109.497 pessoas na cidade, que é a segunda mais populosa da região, atrás apenas de Passo Fundo. O crescimento acompanha o recente boom de empregos no município, principalmente nas áreas de indústria e serviços.
Atualmente, o município possui cerca de 21,8 mil CNPJs ativos. O número representa quase uma empresa para cada cinco habitantes. O grande desafio da gestão municipal tem sido preencher as vagas de emprego disponíveis, o que tem sido realizado pela atração de imigrantes de países como Senegal, Haiti e Venezuela. "Nós trouxemos muita gente de fora. Hoje, temos em torno de 4.500 imigrantes que vieram de outros países, venezuelanos, haitianos e senegaleses", conta Polis.
Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, o prefeito Paulo Polis (MDB) traz um panorama geral dos postos de trabalho no município.
Jornal do Comércio - Quantas vagas de emprego Erechim tem hoje?
Paulo Polis - Nos últimos 50 meses geramos mais de 6 mil novos empregos, uma média de mais de 100 por mês. Entre os nossos habitantes, mais de 40 mil estão com a carteira assinada e temos 21.800 CNPJs ativos. São cerca de 10 mil MEIs (microempreendedores individuais) e 12 mil pequenas, médias e grandes empresas. Hoje, temos mais de mil empregos disponíveis nas nossas empresas de Erechim.
JC - Como esses postos de trabalho têm sido preenchidos?
Pólis - Nós trouxemos muita gente de fora. Hoje, temos em torno de 4.500 imigrantes que vieram de outros países, venezuelanos, haitianos e senegaleses. Também tem muita gente da Região do Alto Uruguai que é empregada em Erechim e, quando houve as enchentes (em setembro de 2023 e maio de 2024), vieram muitas famílias do Vale do Taquari para morar e trabalhar aqui.
JC - O município tem algum programa para atrair migrantes?
Polis - Não, mas temos um programa de qualificação e capacitação para os imigrantes, em que se ensina língua portuguesa e questões culturais do Brasil, do nosso jeito de viver aqui. Também temos um plano em que nenhuma criança fica sem escola. Então, quando você vem para cá, tem vaga em escolas municipais de boa qualidade.
JC - Quais outros aspectos atraem população a Erechim?
Polis - Tem uma estrutura em saúde muito boa, com hospital regional, UBS (Unidade Básica de Saúde) e UPA (Unidade de Pronto-Atendimento). Então, tem uma estrutura muito robusta para criar uma família aqui. Tem também a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), o Instituto Federal (IFRS) e a URI, que é uma universidade comunitária. Além disso, temos dados bons de segurança pelos índices da Polícia Civil e da Brigada Militar e isso é muito importante.
JC - Ao que atribui o aumento no número de empregos no município?
Polis - Temos a indústria, que é muito forte, mas também o setor de serviços e o cooperativismo. Erechim é o berço do cooperativismo, com mais de 50 cooperativas em todas as áreas. São cooperativas de crédito, de consumo e na área agrícola. Fora a questão de educação e saúde. E aqui a parceria público-privada funciona de fato, com o setor público funcionando na mesma velocidade que o privado. Um é a mola propulsora para o outro, com cada um fazendo a sua parte. A gente faz o tema de casa, com a geração de emprego e a infraestrutura de saúde, educação e segurança para as famílias.

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