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Publicada em 09 de Maio de 2025 às 19:17

IPCA acumula alta de 5,53% e se distancia do teto da meta

Em 12 meses, o IPCA passou a acumular alta de 5,53% até abril

Em 12 meses, o IPCA passou a acumular alta de 5,53% até abril

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Agências
A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou a 0,43% em abril, após marcar 0,56% em março, apontam dados divulgados nesta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA de 0,43% é o maior para meses de abril desde 2023 (0,61%). O grupo dos alimentos até subiu menos do que em março, mas voltou a pressionar o índice, ao lado do reajuste dos medicamentos. 
A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou a 0,43% em abril, após marcar 0,56% em março, apontam dados divulgados nesta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA de 0,43% é o maior para meses de abril desde 2023 (0,61%). O grupo dos alimentos até subiu menos do que em março, mas voltou a pressionar o índice, ao lado do reajuste dos medicamentos. 
Em 12 meses, o IPCA passou a acumular alta de 5,53% até abril, acima dos 5,48% registrados até março. Nesse recorte, a taxa é a maior desde fevereiro de 2023 (5,6%). Com isso, o acumulado se distanciou do teto de 4,5% da meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC).
Em uma tentativa de conter os preços, a instituição promoveu um ciclo de aumento na taxa básica de juros, a Selic, que chegou nesta semana a 14,75% ao ano. Trata-se do maior nível em quase duas décadas.
O choque dos juros busca esfriar a demanda por bens e serviços e, assim, reduzir a pressão inflacionária. O possível efeito colateral é a perda de fôlego da atividade econômica, já que o crédito fica mais caro para consumo e investimentos produtivos.
Entre os nove grupos de produtos e serviços do IPCA, a maior variação em abril foi registrada pelo ramo de saúde e cuidados pessoais (1,18%), seguido de vestuário (1,02%) e alimentação e bebidas (0,82%).
Os alimentos desaceleraram em relação a março (1,17%), mas foram responsáveis pelo principal impacto no índice do mês passado (0,18 ponto percentual).
"O grupo alimentação é o de maior peso no IPCA, por isso, mesmo desacelerando, exerce impacto importante", disse Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa do IBGE.
Dentro de alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio avançou 0,83% em abril. Contribuíram para o resultado as altas da batata-inglesa (18,29%), do tomate (14,32%) e do café moído (4,48%).
Em 12 meses, o café acumula disparada de 80,2%. É a mais intensa desde a entrada em circulação do real, em julho de 1994, há quase 31 anos, segundo o IBGE. O produto aumentou em meio a problemas de oferta com questões climáticas.
Do lado dos alimentos em queda no mês de abril, o IBGE destacou a cenoura (-10,4%), o arroz (-4,19%) e as frutas (-0,59%). O ovo recuou 1,29%, após fortes avanços de 13,13% em março e de 15,39% em fevereiro.
Entre os grupos, a segunda maior pressão no IPCA (0,16 ponto percentual) foi gerada por saúde e cuidados pessoais.
Nesse caso, houve influência da alta dos produtos farmacêuticos (2,32%), após autorização de reajuste dos medicamentos. Itens de higiene pessoal também subiram (1,09%). 

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