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Publicada em 11 de Novembro de 2024 às 15:20

Com expectativa de crescimento em vendas, 3ª edição da BFShow começa em São Paulo

Primeiro dia de feira registrou bom movimento

Primeiro dia de feira registrou bom movimento

BFShow/Divulgação/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
De São Paulo
De São Paulo
A Brazilian Footwear Show (BFShow) começou nesta segunda-feira (11) em São Paulo e vai até quarta-feira (13), trazendo um clima de otimismo ao setor calçadista. A retomada dos níveis de produção pré-pandemia, com a projeção da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) de que cerca de 900 milhões de pares sejam fabricados em 2025, tem animado o mercado. Nos estandes da 3ª edição da feira, realizada no distrito do Anhembi, as expectativas de vendas são altas com o movimento registrado no primeiro dia de evento.
Com mais de 10 mil compradores brasileiros e estrangeiros que vieram para conhecer as novidades das mais de 320 marcas de calçados confirmadas no evento, a feira — considerada a maior do setor calçadista — conta com forte presença de marcas gaúchas. Segundo o presidente da Abicalçados, Haroldo Ferreira, a representação gaúcha corresponde a cerca de um terço do total de participantes, somando 107 marcas. “A indústria gaúcha ainda é relevante, pois o número de postos de trabalho é o maior do País; nas exportações, tanto em pares quanto em volume, é o maior exportador do Brasil”, afirmou. O setor como um todo espera encerrar 2024 com um crescimento de 3%.

Sobre o sucesso do evento, Ferreira informou que a feira dobrou de tamanho em relação à edição realizada em Porto Alegre. “Crescemos mais de 100%. Por falta de estrutura em Porto Alegre, decidimos fazer aqui. Agora, as duas edições anuais serão em São Paulo”, disse. 

A marca gaúcha Ramarim/Comfortflex participa pela terceira vez da feira, e a expectativa é crescer 10% nas vendas em relação à edição anterior. “A feira está evoluindo e já consideramos este o principal evento do semestre. Nossa localização é ótima, teremos visibilidade, visitação e esperamos fazer negócios; nossa expectativa é muito boa”, conjecturou o gerente de marketing da marca, Nelson Magagnin.

Quanto ao cenário econômico do setor, ele comentou que os lojistas ainda estão um pouco receosos, embora haja expectativa de crescimento. “O momento político é sensível, a insegurança ainda é grande”, ponderou. Por outro lado, ele avaliou que as cheias no Rio Grande do Sul tiveram um efeito surpreendente para a marca. “Muitas pessoas perderam muito, mas houve muita doação. Com isso, quem doou foi renovar os estoques, o que possibilitou estabilidade e até um leve aumento nas vendas. O movimento de apoio às marcas gaúchas também colaborou”, disse Magagnin.

Feira debate reivindicações do setor

A Vulcabras, que tem seu centro de desenvolvimento e tecnologia em Parobé, no interior do Rio Grande do Sul, enxerga a feira também como um local de debate em relação a questões do setor. “Usamos esse momento para falar de reivindicações, como a concorrência com a Ásia e a falsificação, que tem aumentado. Também usamos o espaço para fazer contatos”, explicou o presidente da marca, Pedro Bartelle. Na feira, o estande apresenta as tecnologias e os prêmios que os produtos têm recebido, especialmente com os tênis para a prática de corrida (Olympikus). “Resolvemos investir em tênis de alta performance e tem dado muito certo”, disse. Em relação ao contexto do setor, ele afirma que, apesar de este ano não ter tido uma data expressiva para as vendas, o Natal tem boas expectativas.

No segmento infantil, a Kidy, marca de São Paulo, também está com expectativas de crescimento nas vendas em torno de 30%. “A última edição foi muito boa; atingimos a meta. Agora, com a localização mais central na cidade e no país, esperamos lojistas de diversas regiões do Brasil”, contou João Gava, do marketing da empresa. Atualmente, a marca exporta para 40 países, o que representa 10% do faturamento. Sobre o cenário do setor, o gerente comercial nacional, Rafael Menezes, afirmou que a marca cresce acima das projeções. “Nossa meta é ganhar mais participação de mercado em 2025. Na exportação, devido à expansão da China, estamos buscando novos mercados, como África e Oriente Médio”, disse.

Feira é oportunidade para marcas promoverem lançamentos


A BFShow também é uma oportunidade para o setor mostrar o que está sendo desenvolvido em termos de tecnologia e inovação. Para a Ramarim Comfortflex, é o momento de apresentar a linha Total Care, desenvolvida em parceria com um médico. “É um produto feito para quem tem problemas nos pés”, contou Magagnin. Apesar disso, ele ressalta que os produtos também atraem pessoas que não têm problemas ortopédicos. “As pessoas querem marcas que entreguem conforto”, disse.

Já a Kidy trouxe, entre outras novidades, um lançamento aliado à educação: a plataforma Edukidy. “Na compra do produto, a criança recebe 12 meses de acesso a uma plataforma com vídeos e jogos educacionais”, explicou Gava. Produtos com tecnologia para evitar mau odor e outros inspirados em design retrô também são novidades desta linha. “Além de lançar, mostramos aos lojistas como eles devem vender ao consumidor”, afirmou Menezes.


Kidy trouxe plataforma educativa como diferencial dos produtos | BFShow /Divulgação/ JC
Kidy trouxe plataforma educativa como diferencial dos produtos BFShow /Divulgação/ JC

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