Era comum ouvir o português falado no Brasil nos corredores da Feira Anuga, realizada em Colônia de 7 a 11 de outubro. Até a organização do evento, no seu relatório com números finais da edição 2023, destacou a participação brasileira entre os países fora da Europa que tiveram uma presença de peso na maior feira mundial do setor de alimentos e bebidas.
De fato, o Brasil celebrou uma participação recorde – 135 expositores, 240 empresários – e também usou a feira de palco para tentar marcar uma nova posição internacional, de grande produtor de alimentos com sustentabilidade, buscando reverter a narrativa de vilão ambiental.
A estratégia pode ajudar a abrir novos mercados, como no caso do setor de carnes, e também reduzir restrições ao acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul. A ideia é apresentar o Brasil como grande produtor de alimentos para o mundo, unindo agricultura e sustentabilidade.
Na Alemanha, autoridades governamentais brasileiras, diplomatas e empresários foram unânimes ao observar a mudança da posição do país europeu em relação ao Brasil, demonstrando boa vontade para tirar do papel o tratado. A percepção havia sido vista também na Feira de Hannover, em abril, quando a delegação brasileira já apostava na sustentabilidade.
O tema é chave na economia mundial, especialmente na Europa, e não por acaso foi destaque na Feira Anuga 2023. Outras tendências marcantes nesta edição do evento foram a busca por alimentos saudáveis e por praticidade nos produtos.
Empresários gaúchos que participaram da delegação trouxeram na bagagem a percepção de várias tendências observadas e se mostraram satisfeitos com inspirações que tiveram a partir da ida ao evento global em Colônia, na Alemanha.
São ideias e iniciativas que depois podem ser adaptadas e replicadas nos negócios no Brasil. O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente da Fiergs, Gilberto Petry, que liderou uma missão com 80 empresários do País, lembrou seu próprio exemplo sobre o benefício que os negócios podem ter ao participar de um evento mundial no exterior.
Proprietário da Weco, empresa que produz caldeiras, Petry recorda que, nas primeiras vezes em que esteve na Feira de Hannover, também na Alemanha, nos anos 1980, observou que a base das caldeiras expostas era diferente, “ao invés de uma estrutura metálica, havia um arquinho de sustentação”, um suporte mais simples. Ao adaptar a solução, obteve grande economia em materiais e custo.
Engenheira de Almentos e doutora em Biotecnologia, a analista técnica do Senai-RS na área de alimentos e bebidas, Gabriela Lemos Mendes, destaca as tendências e informações técnicas de processo e tecnologia aplicada na indústria, especialmente relacionados a embalagens. Com o consumidor mais consciente, a aposta da feira foi em economia circular, reaproveitamento de materiais e menos geração de resíduos. “Podemos ver como aplicar na prática o conceito de crescimento sustentável, bioeconomia, economia circular e como inovar”, resume.
De fato, o Brasil celebrou uma participação recorde – 135 expositores, 240 empresários – e também usou a feira de palco para tentar marcar uma nova posição internacional, de grande produtor de alimentos com sustentabilidade, buscando reverter a narrativa de vilão ambiental.
A estratégia pode ajudar a abrir novos mercados, como no caso do setor de carnes, e também reduzir restrições ao acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul. A ideia é apresentar o Brasil como grande produtor de alimentos para o mundo, unindo agricultura e sustentabilidade.
Na Alemanha, autoridades governamentais brasileiras, diplomatas e empresários foram unânimes ao observar a mudança da posição do país europeu em relação ao Brasil, demonstrando boa vontade para tirar do papel o tratado. A percepção havia sido vista também na Feira de Hannover, em abril, quando a delegação brasileira já apostava na sustentabilidade.
O tema é chave na economia mundial, especialmente na Europa, e não por acaso foi destaque na Feira Anuga 2023. Outras tendências marcantes nesta edição do evento foram a busca por alimentos saudáveis e por praticidade nos produtos.
Empresários gaúchos que participaram da delegação trouxeram na bagagem a percepção de várias tendências observadas e se mostraram satisfeitos com inspirações que tiveram a partir da ida ao evento global em Colônia, na Alemanha.
São ideias e iniciativas que depois podem ser adaptadas e replicadas nos negócios no Brasil. O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente da Fiergs, Gilberto Petry, que liderou uma missão com 80 empresários do País, lembrou seu próprio exemplo sobre o benefício que os negócios podem ter ao participar de um evento mundial no exterior.
Proprietário da Weco, empresa que produz caldeiras, Petry recorda que, nas primeiras vezes em que esteve na Feira de Hannover, também na Alemanha, nos anos 1980, observou que a base das caldeiras expostas era diferente, “ao invés de uma estrutura metálica, havia um arquinho de sustentação”, um suporte mais simples. Ao adaptar a solução, obteve grande economia em materiais e custo.
Engenheira de Almentos e doutora em Biotecnologia, a analista técnica do Senai-RS na área de alimentos e bebidas, Gabriela Lemos Mendes, destaca as tendências e informações técnicas de processo e tecnologia aplicada na indústria, especialmente relacionados a embalagens. Com o consumidor mais consciente, a aposta da feira foi em economia circular, reaproveitamento de materiais e menos geração de resíduos. “Podemos ver como aplicar na prática o conceito de crescimento sustentável, bioeconomia, economia circular e como inovar”, resume.
Gabriela Lemos Mendes é analista técnica do Senai-RS. Foto: Guilherme Kolling/Especial/JC

Além de tendências, o empresário Pedro Calazans, da Uniagro, aproveitou a feira também para encaminhar negócios. “Vimos lançamentos, safras, tudo isso para poder negociar e buscar melhor qualidade de produto e preços”, explicou Calazans, que importa frutas secas, conservas e azeites de cerca de 20 países e marca presença na Feira Anuga há muitos anos.
Integrantes da missão encaminham parcerias
Empresárias gaúchas Carla Faccin e Morgana Dalpiaz fizeram parceria a partir do evento
GUILHERME KOLLING/DIVULGAÇÃO/JC
Além de encaminhar negócios com expositores de diversas partes do mundo na Feira Anuga, integrantes da delegação brasileira convivem entre si ao longo dos cinco dias do evento e, em alguns casos, acabam se conhecendo e fazendo parcerias. É o caso das empresárias gaúchas Carla Faccin – diretora de marketing da Domelly Alimentos, de Faxinal do Soturno – e Morgana Dalpiaz, proprietária do supermercado Nostra Casa, de Maquiné.
Ambas buscaram referências e inspirações para suas empresas, especialmente na questão da sustentabilidade. E também fizeram negócio. A empresa de Carla produz biscoitos e massas. “Acabei encontrando também uma cliente”, contou a executiva. Um dos produtos da Domelly é uma massa parafuso em embalagem de 3 kg, que despertou o interesse de Morgana. “Não conhecia a marca dela e esse produto é interessante no aspecto custo-benefício, é bem o que meu cliente procura. Agora, no retorno, vamos entrar em contato para fazer uma parceria”, afirma a dona de supermercado.
Tal como a maioria dos negócios na Feira Anuga, durante o evento foi feito o contato olho no olho, conhecimento do produto, e no pós-feira o pedido deverá ser fechado.
Ambas buscaram referências e inspirações para suas empresas, especialmente na questão da sustentabilidade. E também fizeram negócio. A empresa de Carla produz biscoitos e massas. “Acabei encontrando também uma cliente”, contou a executiva. Um dos produtos da Domelly é uma massa parafuso em embalagem de 3 kg, que despertou o interesse de Morgana. “Não conhecia a marca dela e esse produto é interessante no aspecto custo-benefício, é bem o que meu cliente procura. Agora, no retorno, vamos entrar em contato para fazer uma parceria”, afirma a dona de supermercado.
Tal como a maioria dos negócios na Feira Anuga, durante o evento foi feito o contato olho no olho, conhecimento do produto, e no pós-feira o pedido deverá ser fechado.


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