Com um primeiro semestre que está quase no fim, segmentos econômicos gaúchos traçam a perspectiva para a reta final de 2023. Dirigentes ligados ao varejo e serviços mesclam visões mais realistas e até de otimismo moderado sobre a condição para reverter efeitos de juros altos, custo da inflação e endividamento de consumidores, três ingredientes que marcam o ano até agora.
As percepções foram repassadas durante o evento dos 90 anos do Jornal do Comércio na sede da Fiergs na manhã desta quinta-feira (25).
• LEIA TAMBÉM: Jornal do Comércio volta a promover o Prêmio Destaques do Ano ao celebrar nove décadas
• LEIA TAMBÉM: Eduardo Leite destaca trajetória empresarial e jornalística do JC
A aprovação do novo arcabouço fiscal pode ajudar na revisão da taxa básica Selic e novos recursos, como décimo terceiro de aposentados e pensionistas do INSS, podem movimentar o varejo, com redução de dívidas, sinaliza o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Arcione Piva.
• LEIA TAMBÉM: Placar do arcabouço dá muita confiança de que tributária é próxima tarefa a cumprir, diz Haddad
"Avançando nas medidas, já ajuda o varejo. Decisões podem levar os consumidores a retomar compras", avalia o dirigente, que comanda esta seman a Feira Brasileira do Varejo, em Porto Alegre.
Eduardo Oltramari, coordenador regional da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), um segmento que vem mostrando elevações e recompondo vendas pós-pandemia, avalia que há ainda muita incerteza e que o "mercado está mais contemplativo".
"Muito difícil fazer qualquer previsão sobre o momento independentemente das decisões econômicas", comenta Oltramari, superintendente do Shopping Total, na Capital. Para o gestor, as notícias sobre o cenário econômico e insegurança jurídica geram reflexos que acabam afetando o fluxo do varejo, associa. O cenário impede que o consumidor dimensione o que vai acontecer, ppor exemplo. "Os shoppings também sofrem", diz Oltramari.
"Se for reabilitada a segurança jurídica e redimensionada a perspectiva de uma agenda positiva factível, o comércio de revitaliza. O segundo semestre sempre é melhor", projeta o dirigente da Abrasce.
Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS, é mais cauteloso sobre melhorias, mas diz que "não perde a esperança". "Há um temor de carga tributária maior com o novo arcabouço fiscal e muitas coisas que travam e geram insegurança política", observou Bohn.
Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS, é mais cauteloso sobre melhorias, mas diz que "não perde a esperança". "Há um temor de carga tributária maior com o novo arcabouço fiscal e muitas coisas que travam e geram insegurança política", observou Bohn.
Para o dirigente, as empresas vivem um clima de incerteza sobre o futuro, devido ao ambiente de polarização política e ainda os juros em patamar elevado. "A taxa pode baixar no último trimestre do ano, com pouco efetio no curto prazo. Não temos um cenário muito bom para este ano", resume o presidente da Fecomércio-RS. Bohn destaca a recente aprovação de um programa de refinanciamento de dívidas para pequenas empresas de serviços e turismo, "que não tinha voltado com toda força pós-pandemia".
O segmento de supermercados, que no Estado vem tendo crescimento mas sente impacto da inflação na rentabilidade, tenta segurar repasses de tributação que recai nas empresas do setor que antes incidiam na indústria e que exige ainda adaptação, diz Antonio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). "Não vemos motivo de aumento de renda e euforia", avalia Longo, sobre os úlitmos meses do ano.
O presidente da CDL Porto Alegre, Irio Piva, aposta em um segundo semestre melhor que o primeiro, que "assustou as pessoas, com governo que demorou a definir medidas". "Passado o susto, as pessoas devem voltar a comprar", aposta o presidente da CDL-POA. Piva indica que não tem ocorrido repasse de aumentos, como em áreas de materiais de construção, que foi uma constante no pós-pandemia. "O segundo semestre vai ser melhor, mas não vai ser aquela explosão", opina.
O segmento de supermercados, que no Estado vem tendo crescimento mas sente impacto da inflação na rentabilidade, tenta segurar repasses de tributação que recai nas empresas do setor que antes incidiam na indústria e que exige ainda adaptação, diz Antonio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). "Não vemos motivo de aumento de renda e euforia", avalia Longo, sobre os úlitmos meses do ano.
O presidente da CDL Porto Alegre, Irio Piva, aposta em um segundo semestre melhor que o primeiro, que "assustou as pessoas, com governo que demorou a definir medidas". "Passado o susto, as pessoas devem voltar a comprar", aposta o presidente da CDL-POA. Piva indica que não tem ocorrido repasse de aumentos, como em áreas de materiais de construção, que foi uma constante no pós-pandemia. "O segundo semestre vai ser melhor, mas não vai ser aquela explosão", opina.