Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

South Summit

- Publicada em 30 de Março de 2023 às 18:18

Para Celso Athayde, sociedade brasileira precisa dividir riqueza com as favelas

Celso Athayde afirma que o Brasil  foi fundado no modelo escravocrata e que as necessidades das favelas não param

Celso Athayde afirma que o Brasil foi fundado no modelo escravocrata e que as necessidades das favelas não param


Rodger Timm/PMPA/JC
"A sociedade brasileira precisa dividir com as favelas brasileiras toda a riqueza que é produzida nesse País ou vamos continuar dividindo as consequências da miséria que a elite brasileira produziu até aqui". A análise foi feita pelo fundador da Central Única das Favelas (Cufa) e CEO do Favela Holding, Celso Athayde, que nesta quinta-feira (30), participou de uma palestra com alunos e professores da rede municipal de ensino de Porto Alegre, no auditório Araújo Vianna. "Favela não é carência. Favela é sinônimo de potência e cada um de nós precisa entender isso. Carência não serve pra nós. Ela serve para o poder branco", destacou. Para Athayde, que arrancou aplausos do público, o importante é que cada jovem das favelas tenha mais que o desejo de empreender. "O jovem precisa sim é ter o domínio da atividade que vai escolher", ressaltou. Athayde recebeu o prêmio do Fórum Econômico Mundial 2022 como Empreendedor de Impacto e Inovação, na cidade suíça de Davos.
"A sociedade brasileira precisa dividir com as favelas brasileiras toda a riqueza que é produzida nesse País ou vamos continuar dividindo as consequências da miséria que a elite brasileira produziu até aqui". A análise foi feita pelo fundador da Central Única das Favelas (Cufa) e CEO do Favela Holding, Celso Athayde, que nesta quinta-feira (30), participou de uma palestra com alunos e professores da rede municipal de ensino de Porto Alegre, no auditório Araújo Vianna. "Favela não é carência. Favela é sinônimo de potência e cada um de nós precisa entender isso. Carência não serve pra nós. Ela serve para o poder branco", destacou. Para Athayde, que arrancou aplausos do público, o importante é que cada jovem das favelas tenha mais que o desejo de empreender. "O jovem precisa sim é ter o domínio da atividade que vai escolher", ressaltou. Athayde recebeu o prêmio do Fórum Econômico Mundial 2022 como Empreendedor de Impacto e Inovação, na cidade suíça de Davos.
Além de Athayde, a atividade contou com a Gabriela Comazzetto, head de soluções globais para negócios do TikTok na América Latina e de Zé Mário Sperry, campeão brasileiro e mundial de jiu jitsu. Os três palestrantes participaram do South Summit Next Gen, evento paralelo ao South Summit Brasil 2023. Athayde afirmou aos estudantes que sempre se via como uma pessoa com potencial, mas que não tinha oportunidades. "Sempre soube que as oportunidades seriam muito difíceis. Nós vivemos em um País que foi fundado no modelo escravocrata", acrescentou. Para o fundador da Cufa e CEO do Favela Holding, ser preto no Brasil é você estar numa escala menor e ser visto sempre como menor. "Não é se fazer de vítima. Um jovem branco e um preto saindo da favela não tem o mesmo valor econômico: um tem a cor do poder e o outro tem a cor da miséria", destacou.
Com a evolução das ações da Cufa que fundou, Athayde criou o grupo Favela Holding, a primeira holding social de que se tem notícia, que visa dar suporte às ações da Central. A Favela Holding tem apoio de empresas de diversos segmentos (por exemplo Amazon e Natura) atividades: desde a comercialização de passagens aéreas e pacotes de viagens para moradores de favelas, passando pela logística de entregas de produtos de beleza em comunidades. "As necessidades da favela não param. As pessoas sentem fome e não têm o que comer. A gente precisa agir. É isso que me move, é por isso que levanto todos os dias e vou para cima, para poder ajudar quem precisa", acrescentou. De acordo com o fundador da Cufa, 18 milhões de pessoas vivem em favelas no Brasil.
Já Gabriela Comazzetto, do TikTok na América Latina, destacou que a atuação na plataforma é um desafio. "Percebi que os estudantes tem o desejo de empreender e nesse caso é preciso ter disciplina e organização. Nunca é tarde para apreender e buscar o aperfeiçoamento", ressaltou. Ela falou da sua atuação na empresa onde está há dois anos e meio onde controla a operação de negócios da plataforma na América Latina. "A TikTok ainda é uma plataforma em construção", acrescentou. Gabriela Comazzetto trabalhou no Facebook, no Twitter, na Microsoft e na Ambev. Aos estudantes, ela destacou a sua atuação nas empresas como Fulano.com e Itaú Seguros. "É preciso ter disciplina e foco e também é preciso estar aberto às mudanças. O Mundo que gente está inserido muda o tempo todo", explicou. 
O campeão brasileiro e mundial Zé Mário Sperry, faixa preta em jiu jitsu, abordou o trabalho que desenvolve como fundador de uma escola que ensina o esporte em diversas partes do mundo. Ele é economista e fundador e idealizador da Mário Sperry Jiu Jitsu - escola de jiu jitsu. O lutador dá aulas em Miami, nos Estados Unidos.