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Economia

Aviação

- Publicada em 27 de Março de 2023 às 17:51

Azul expande operações em Congonhas com destino a Porto Alegre

Anúncio foi feito nesta segunda, no Aeroporto de Congonhas

Anúncio foi feito nesta segunda, no Aeroporto de Congonhas


AZUL/ DIVULGAÇÃO/ JC
Desde domingo (26), os passageiros que desejam voar de Porto Alegre com destino a São Paulo e vice-versa passaram a contar com mais uma opção: a companhia Azul Linhas Aéreas dobrou sua capacidade de operação no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, incluindo nesse pacote o retorno da conexão com a capital dos gaúchos por meio do Aeroporto Internacional Salgado Filho.
Desde domingo (26), os passageiros que desejam voar de Porto Alegre com destino a São Paulo e vice-versa passaram a contar com mais uma opção: a companhia Azul Linhas Aéreas dobrou sua capacidade de operação no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, incluindo nesse pacote o retorno da conexão com a capital dos gaúchos por meio do Aeroporto Internacional Salgado Filho.
Com a novidade, Porto Alegre terá oferta de mais de 12 mil assentos por semana e dez novos voos diários - cinco de ida e cinco de volta - entre as duas cidades. Junto à Azul se soma a Gol, que iniciou neste domingo a expansão de sua rota até o aeroporto paulistano.
Em coletiva de imprensa realizada no aeroporto de Congonhas (SP), o CEO da Azul, John Rodgerson, afirmou que o incremento de voos para o território gaúcho é uma aposta da companhia para fortalecer a conectividade e atender a demanda corporativa e turística que existe entre os dois estados. "Considerando as novas rotas, que serão atendidas pela Azul a partir da maior presença em Congonhas, 50% das passagens vendidas são para Porto Alegre", considerou.
Além do retorno de voos para Porto Alegre e também Curitiba (PR), foram anunciados mais voos para Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ) e Recife (PE), e também operações inéditas para Brasília. "A partir dessas capitais, nós conectamos regiões remotas do Brasil, são voos que mudam vidas. Temos essa vantagem porque trabalhamos com aviões de tamanhos menores, aviões específicos para algumas regiões, como é o caso de Fernando de Noronha", explicou o CEO.
No Rio Grande do Sul, são 29 voos diários, 18 destinos ao total e 900 decolagens por mês feitas pela companhia. Rodgerson também destacou a conectividade entre a Capital e o Interior, incluindo Pelotas, Caxias do Sul, Canela, Santa Maria, Uruguaiana, Santa Cruz do Sul, Santa Rosa e Alegrete, onde apenas a Azul opera. "A nossa expansão em Congonhas faz com que os passageiros tenham mais opções, inclusive, para fazer conexão de Porto Alegre para cidades do Interior em que também atuamos. Aliás, o RS é um dos estados onde mais conectamos Capital e Interior", refletiu. 
O anúncio acontece após disputa por mais espaço em Congonhas, um dos principais terminais do País. Agora, as operações da Azul cresceram de 41 voos para 84, um salto de 105% neste terminal. Isso ocorreu porque a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) redistribuiu os horários de pouso e decolagem (slots) e o aeroporto também realizou melhorias na infraestrutura. Com a mudança, a Azul começa a usufruir de 14% dos slots de Congonhas. Já a Latam e a Gol, as duas maiores companhias, ficam com 41%.
Com as novas operações, o CEO disse que os resultados poderão ser observados já no balanço do segundo semestre deste ano, e que a ampliação é um dos fatores que fará a empresa a ter um Ebitda superior a R$ 5 bilhões neste ano.
Apesar de não garantir que a tarifa das passagens irá reduzir por conta das novas opções em Congonhas, Rodgerson acredita que essa é uma tendência natural para os próximos seis meses ou um ano. Ele salientou também a queda no valor dos combustíveis, apesar de, no Brasil, o imposto ser mais elevado, e a crescente oferta no País. "Demanda tem. Então, precisa colocar mais capacidade. O governo sempre cobra isso da gente”, acrescentou. Ele disse ainda que o novo governo está empenhado em ajudar o setor a baixar o valor das passagens para que mais pessoas das classes mais baixas possam viajar.
No Rio Grande do Sul, a Azul opera desde 2008, e Porto Alegre foi o destino do segundo voo comercial da companhia em sua história. 

Azul estuda iniciar operações em Aeroporto de Rivera

O projeto de expansão da Azul também continua no Rio Grande do Sul, especialmente no que diz respeito à fronteira. Em exclusiva ao Jornal do Comércio, o Diretor de Operações Institucionais da Companhia, Fabio Campos, e o CEO da Azul, John Rodgerson afirmaram que estão estudando a possibilidade de iniciar operações no Aeroporto de Rivera com a binacionalização.
A assinatura do acordo entre Brasil e Uruguai está prevista para início de abril, segundo anúncio feito pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ao lado do chanceler do país vizinho, Francisco Bustillo, em 7 de março último. Na oportunidade, os dois países também selaram o compromisso com a Hidrovia da Lagoa Mirim.
Conforme Campos, os voos de Rivera teriam destino a Porto Alegre. Rodgerson complementou: "O RS tem muitos destinos turísticos que as pessoas querem conhecer. Muitas vezes, vão para o outro lado só para duty free, e nós temos falado com o governo, por que não fazer alguma coisa dentro do Brasil e ter essa binacionalização, para trazer mais comércio para o Brasil?", questionou.
O CEO da Azul ressaltou, ainda, que a relação da Azul com o Rio Grande do Sul vai além do transporte de passageiros. "Uma operação que os gaúchos fazem muito bem com a gente é o transporte de carga, tem muita produção que acontece no RS que nós levamos para o mundo inteiro, para todos os cantos do Brasil, mas também para Europa e EUA", finalizou.